Wednesday, December 06, 2006

Arts and Crafts # 2

Continuando...
Aqui já ousei um pouco mais e fiz uma composição (Composição No. 1) usando colagem de partitura e flores sobre um fundo pintado com guache. Este eu já gostei bem mais do que os anteriores.





E aqui usando mais uma vez uma partitura (como a partitura é plasticamente bonita, não é?) fiz uma espécie de catarse, representando a criança que quer jogar amarelinha ou brincar com sua boneca mas tem que enfrentar a partitura... Quem me conhece bem saberá o que significa este quadro...



Este, último, na minha opinião é o mais interessante. Não sei se será possível visualizar aqui... mas eu já pendurei na parede de casa! Trata-se da diferença de idiomas, formas texturas, salve todas elas!
Arts and Crafts by Lucinha...

Olá!

Gente faz um mês que não escrevo "coisalguma" aqui!



Bem... como disse anteriormente, ando louquinha fazendo minhas colagens e artesanatos: caixinhas, cache-pots e por aí vai... Os artesanatos venho aprendendo um pouco com uma professora e um pouco fuçando por conta própria. Gente... é um novo mundo que se descortina. As colagens... os artesanatos... como me divirto com esse novo "hobby"!

Aqui vão algumas de minhas primeiras "obras primas" em termos de artesanato...
Acima é um porta-jóias de madeira, revestido internamente com camurça que fiz para minha mãe. Trata-se de pintura acrílica e colagem e até agora é o arteasanato que fiz e que mais gostei.


Este segundo é um cache-pot de madeira envernizada, pintado e com efeitos de mosaico obtidos ao rasgar uma foto de neve contra vidro.


Esse é um outro cache-pot, pintado em acrílico e com découpage de rosas nas quatro faces.


E, por fim um porta-jóias pequenino em marron com craquelê cor de rosa; no centro colei a figura de uma menina dançando e emoldurei com massa para modelar que depois pintei com cor de ouro velho.


Agora uma amostra de meus quadros:



O primeiro que fiz, Lembranças de Portugal é este aqui à direita. Ainda com cara de principiante total... Afinal foi o primeirão! Trata-se de colagem simples de souvenirs da viagem que fiz com Bibinha: passagens de "autobus", "de comboio", lembrança do Castelo de Sâo Jorge onde encenavam peças de teatro, uma foto típica com roupas penduradas. Enfim... Lisboa.



Este outro, o Mar Revolto, foi o segundo. Tentei fazer um mar revolto usando uma mistura de colagem de pedaços de papéis rasgados de diferentes cores e guache.

Os outros mostrarei amanhã ou mais tarde... parece que o blogger está de mal comigo.. ;-(

Monday, November 06, 2006

Minha eterna volubilidade... minha eterna volúpia em ter novas experiências e conhecer novas coisas... Isto já me levou a arrependimentos...alguns sérios. Felizmente, muitas vezes resultaram em alegrias e conhecimentos advindos de novas visões de vida que de outra forma não teria.

Um exemplo pequeninho... não daqueles que (acredito eu) mudaria muito os caminhos escolhidos por esse vasto mundo chamado vida. Há alguns meses eu comecei um curso de tradução literária. Fiquei ultra-entusiasmanda. Adorava o curso que estava fazendo. Nisso tive que interromper por razões as mais variadas, principalmentne por causa de meu tratamento para as dores nas costas e depois por causa da viagem à Europa. Nesse meio tempo fui à tal da exposição de colagens que já mencionei anteriormente. Fiquei doidinha. Eu adoro artes plásticas, mas sou um terror para desenhar. Nas colagens achei que finalmente poderia dar vazão a meu desejo de fazer algo com as mãos e que eu, talvez, poderia extravasar as imagens que às vezes me vêm à mente e que ao mesmo tempo agradasse aos olhos.

Comecei a visitar papelarias e ver o que as pessoas faziam com scrapbooks (para ter uma idéia inicial de técnicas, colas, tipos de papel, etc. ). Visitei sites na internet sobre o assunto e no Orkut me filiei a grupos que apreciam a arte da colagem, para ver o que poderia aprender... e finalmente com o vale-presente da Amazon books que ganhei de minha sogra e cunhados resolvi investir em livros sobre colagens e artesanatos.
Gente! Que novo mundo para mim se abriu! Venho aprendendo a cada dia um pouco mais sobre as possibilidades, materiais, e tudo o que se relaciona a colagens. Aí comecei a por a mão na massa. Inicialmente fiz um quadro pequeninho sobre a viagem que fiz com Bibinha a Portugal. Nada de extraordinário... mas foi meu primeiro trabalho. A seguir fiz uma colagem que reflete uma praia qualquer. Misturei com um pouco de guache e já ficou algo mais elaborado. Neste fim de semana fiz uma composição que ficou bonita, usando partitura musical, flores e um fundo de guache.
Pretendo fazer outras com este mesmo tema de flores e partituras musicais mas com outras jogadas e idéias.

As idéias de composições a fazer brotam da mente em enxurradas... e o momento de botar em prática essas idéias é puro prazer.
Este fim de semana foi pródigo em alegrias ao espírito. Além de dedicar um tempão do fim-de-semana às colagens, seja pondo a mão na massa ou aprendendo cada vez mais com os livros sobre o assunto, acabei de ler um livro muito bom: "O Leitor" (de Bernhard Schlink), presente que havia ganho em meu aniversário de Charles. Quem não leu... recomendo. Vi um final como poucos vistos: " O Ano em que meus pais saíram de férias" ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL.
E ontem à noite comecei a ler um livro que já me pegou: " O Livreiro de Cabul", de Asne Seierstad, uma autora norueguesa que viveu um tempo entre os afgãos e mostra o cotidiano da vida afgã e a dura realidade feminina lá existente. Estou adorando! Foi ou não foi um foi de semana e tanto? Ah... e para encerrar nada como fechar com chave de ouro e não se esquecer dos prazeres da carne... ou dos peixes... Neal e eu fomos jantar em um restaurante japonês.

Tuesday, October 31, 2006

Amigos... amigas...

Quem deve receber a honra de ser chamado de amigo? Sim, ter um amigo não é para qualquer um. Ser amigo não é tão simples e requer um coração aberto, uma sinceridade que pode até ser lacerante, mas também uma sensibilidade tal que conhece quando o coração do amigo está em condições de cicatrizar após o arranhão que nele demos e quando esta cicatriz até fará bem a ele, embora ele não precise jamais reconhecer isso.

É estranho pensar em minha amizade com Caty. Vem do tempo em que éramos adolescentes. Mas mesmo a distância física não apagou a amizade. Ainda confidenciávamos... ainda sabiamos coisas uma da outra que poucos, quem sabe ninguém chegou saber.

Na mesma semana em que Caty se foi houve um almoço com colegas de trabalho. O lugar era lindo, o Museu da Casa Brasileira, e a comida saborosa. Estávamos comemorando o aniversário de Lúcia, minhá xará e a quem venho me sentindo cada vez mais próxima. Uma nova amizade que vem sendo construída aos pouquinhos.

Mas, durante o almoço senti um gosto amargo ao ver entre os convivas uma pessoa que há alguns anos julgava que poderia chegar a ser minha amiga.. quem sabe até pensei que era minha amiga... mas que um dia conclui que lhe faltava sinceridade, que sobrava outros interesses, que sobrava ganância, que faltava generosidade e que faltava aquela mornidão que aquece o coração dos verdadeiros amigos. É muito triste ver a amizade morta... mas é mais triste ainda ver que a dona da amizade ainda viva morreu.

Monday, October 30, 2006

Sim... faz muito tempo que não apareço por aqui.

Notícias tristes...

A saúde de Caty vinha degenerando mas alguns dias ela se sentia melhor e eu escutava a voz firme e decidida dela... Outras vezes a voz era fraquinha, ela mal conseguia falar e já não era mais a mesma Caty que por tantos anos conheci... que sabia rir, que sabia amar. Ela vinha sofrendo demais com dores, alimentação parenteral e vômitos toda vez em que tentava comer algo. Para falar a verdade eu chegava até a rezar para que tudo isso acabasse logo. Era difícil ver minha amiga sofrer tanto. Caty tencionava vir ao Brasil, provavelmente para morrer aqui. Mas não houve tempo hábil. Agi, irmão de Caty foi buscá-la... e iriam embarcar naquele triste 18 de outubro. Faleceu poucas horas antes de ir viajar.

Seu corpo foi cremado lá mesmo e suas cinzas, a seu pedido serão espalhadas pelo Oceano Atlântico... o mar que ela tanto amava.

Caty faleceu no dia 18 de outubro, dia que jamais esquecerei. Coincidência. Foi ela quem me apresentou a Charles, foi ela a testumunha de meu casamento com Charles e o aniversário de Charles é no mesmo dia: 18 de outubro.

Na sexta-feira, 26 de outubro, durante a cerimonia religiosa de Shabbat foi prestada uma homenagem a Caty durante o serviço de Shabbat. Foi muito bonita e acredito que se Caty pudess ouvr ela daria aquele sorriso característico dela, em que os olhos sorriem junto e duas covinhas se formam em suas bochechas.
***
Está em tempo de eu retomar esse blog.
Fiquei um tempão semi-imobilizada por causa do ossinho de meu pé quebrado. Então foi uma época bem aborrecida. Mas passou... e cá estou eu já andando e até começando com alguns exercícios , como por exemplo hidroginástica e Pilatis, que não exigem esforço do pé em segurar meu peso... que aliás aumentou um bocado com a imobilidade...
Acho que aos poucos vou me animar e voltar a escrever...
Até breve.

Sunday, September 24, 2006

Uma despedida em grande estilo de Londres...

Malas feitas e trancadas... e eu prontinha para ir embora... Flávia gentilmente me ajuda a descer a escada com as malas e eis que quando chego ao último degrau dos dois lances de escada torço o pé, assim sem mais nem menos, escuto um trrrrekkk e sinto uma dor lancinante. Por uma fração de segundo pensei que não ia conseguir dar mais um passo sequer... Que iria perder avião... Mas armei-me de coragem, tirada Deus sabe de onde e continuei ao encontro do táxi que me levaria para Three Rivers, onde a Ana Luiza estaria me esperando. Cheguei a Three Rivers, e Ana me levou para a casa dela, me apresentou ao Winston e ao George... dois gatões, na verdadeira acepção da palavra.


Depois do jantar e de um bom papo, Ana e o marido, Gerry, me levaram para Gatwick, donde partiria meu vôo para Lisboa e daí para Sampa. No aeroporto pude comprar uma meia imobilizadora para meu pé, tomei um ibuprofeno e isso ajudou um pouquinho.... mas só um pouquinho. Depois de longa e dolorida espera no aeroporto até poder despachar as bagagens, dirigi-me ao serviço de segurança para mostrar que não sou bandida, terrorista, traficante, não carrego nenhum líquido, maquilagem, etc... ou seja lá o que estiverem a procura de. Mal me aguentava com as dores no pé acidentado e a fila para passar pela segurança era enorme. Calculava que ficaria na fila durante pelo menos uns 45 minutos... e o pé doendo... e o pé doendo. Com tamanha dor, resolvi pedir gentilmente ao segurança que tomava conta da fila que me deixasse passar à frente e mostrei o pé inchado, explicando a situação. Resposta que me deixou boquiaberta: NO. Expliquei melhor e disse que eu estava doente! Resposta: "You stay sick in queue!" Eu não acreditei que pudessem ser tão arrogantes e inflexíveis. Pensei então em pedir para uma pessoa da fila me deixaria passar à sua frente. O homenzarrão falou em alto e bom som: NO! Berrei então bem alto mesmo, dirindo-me ao segurança e ao homenzarrão: "I always believed Brit were nice, polite and understanding people. Now I have the proof this is a myth" ... ao estilo roda a baiana... Agora vejo que a coisa foi meio temerária pois eu poderia até ter sido presa... Mas às vezes o sangue sobe à cabeça...

Bem... fui ao fim da fila onde fiquei conforme calculado uns bons 45 minuto. Mas ... a vistoria da segurança é realmente uma piada... tirei sapatos, abri o notebook... deixei a bolsa passar pela esteira de raios x... e se eu fosse uma terrorista que transforma baton em algo explosivo (como eles temem)... a coisa já estaria pelos ares, pois levei não apenas um mas sim TRÊS batons. Então para que tamanha palhaçada?

Depois da maravilhosa temporada em Londres com minha pequeninha tive de fato uma saída em alto estilo, não? ...

Tuesday, September 19, 2006

Os últimos dias em Londres com Bibinha
Tenho dedicado meus últimos dias a trabalhar umas 2 a 3 horas por dia (de forma a não ficar louca ao chegar...) mas também aproveitei bem a companhia de Bibinha e programas juntas.

Na quinta-feira, depois de comprar passagens para Three Rivers em Victoria Station e passear um bocado, fui jantar em um restaurante indiano com Bia. Eita coisa boa... Comida boa e companhia boa... quem pode querer mais?


Na sexta-feira fui ver uma exposição de jóias confeccionadas por diferentes joalheiros para a Tiffany desde 1837 até 1987. A exposição mostra as jóias por joalheiro e vi que uma das mais recentes (e bem bonitas) é a de Paloma Picasso. Interessante ver que alguns joalheiros eram fissurados em jóias sobre insetos (borboletas, em especial), outros em flores (sendo as orquídeas especialmente bonitas). Utilizando o mesmo ingresso pude visitar ainda o Gilbert Collection. Embora a exposição de jóias tenha sido maravilhosa, a Gilbert Collection me encantou ainda mais, em especial os quadros feitos com micromosaicos (cerca de 2 mm cada!) e as caixinhas de rapé utilizadas no passado. Segundo ima inscrição, um verdadeiro lorde deveria ter quase 1 caixinha para cada dia do ano. Eram caixinhas em ouro e diamantes, em pedras preciosas, em laca e pedras, em prata e pérolas, em madrepérolas, em marfim e nas mais variadas combinações e desenhos. Um mimo!

Sabadão chegou e fui com a filhota ao Globe Theatre, á beira doo Tâmisa. Trata-se da reconstrução do teatro (que havia sido incendiado e teve que ser reconstruído, tanto quanto a memória permitia) onde muitas das peças de Shakespeare estrearam, por isso também chamado Shakespeare Theatre. Joaninha teria adorado a visita. Fizemos uma visita guiada pelo teatro e foi bem interessante ver o teatro... embora o preço do “tour” tenha sido salgado para o que apresentava. Neste fim-de-semana estava havendo um festival ao longo do Tâmisa , com corridas de barcos pelo rio e inúmeras coisas acontecendo ao longo do Tâmisa. Passeamos feito loucas, mas as multidões atraídas por tantos eventos eram enormes, o que tornou o passeio muito cansativo... que pena... gostaríamos de ter ficado mais por lá... mas nem as costas, nem os pés agüentaram andar devagarinho. Gozado... cansa muito mais ficar andando devagarinho, a passos curtos, olhando aqui, parando acolá, fica de pé mais um pouquinho, do que andar a passadas largas e rápidas.

No domingo rumamos para Trafalgar Square, onde havia uma comemoração dos 350 anos da comunidade judaica na Inglaterra. Shows, danças coros... comidas judaicas. Ficamos lá um tempo assistindo tudo, comemos umas comidas judaicas que não estavam lá essas coisas, comprei uma corrente com uma estrela de David para Bibinha. Curioso observar como Bibinha vem abraçando o judaísmo cada vez mais. Passeamos um pouco mais ao longo do Tâmisa, vendo a continuação dos festejos e voltamos cansadas e felizes...

Ontem segunda-feira, depois de faxinar o banheiro, lavar as roupas de cama, passar um aspirador no quarto de Bibinha ( que por enquanto é meu...) e arrumar a mala com o que não mais vou usar, decidi visitar o Tate British Museum, dedicado exclusivamente a pintores ingleses, havendo uma ala exclusiva para Turner. Uma beleza.

Hoje, resolvi ter um dia calmo. Estou escrevendo para vocês.... depois vou trabalhar um pouco e mais adiante devo fazer um passeio a pé, mas não longe daqui. Amanhã rumo para a casa de Ana Luiza (que é perto de Gatwick) e na madrugada devo pegar o vôo para Portugal e de lá para á velha (ma non troppo) Sampa...

Até lá!

Thursday, September 14, 2006

Um dia em Kingston e uma tarde no palácio de Buckingham

Na terça-feira acompanhei Bibinha ao hospital, para ela fazer um exame de sangue (coisas de rotina). Ah.... quem me dera que os hospitais públicos brasileiros fossem assim... Moderno, limpo, sem confusões. Aqui sabemos para onde vai o imposto de renda pago pelos cidadãos... Estou cada vez mais com vontade de deixar o Brasil. Se Lula vencer, esta poderá ser a melhor opção para nosso futuro.

Depois seguimos para Kingston, que é uma belezinha de cidade, bem vizinha a Londres. Vi o lugar onde Bia trabalha e depois fui passear pela cidade. Uma longa parada no Primark, onde comprei um presente para minha mãe e coisas para mim. Preços de banana! Podem imaginar um suéter de lã boa para minha mãe por 5 libras (cerca de R20,00)? Calcinhas para mim por 1 libra? Um suéter para Bia por R$ 6 libras, e assim por diante?

A seguir um longo passeio ao longo do Tâmisa... e voltei para me encontrar com Bia. Voltamos para casa e pronto!

Ontem, quarta-feira, como vi que meus clientes já estão reservando horários resolvi trabalhar um pouco antes de sair, de forma a ter um tempo livre no Brasil para resolver o problema do roubo do carro ... Mais uma vez... Brasil....

Depois me encontrei com Ana Luiza e uma amiga dela e visitamos o Buckingham Palace, aberto para visitantes e com uma exposição das roupas e jóias reais! Passeamos depois pelos magníficos e imensos jardins do palácio. Valeu!

Aguardem mais notícias a qualquer momento...

Monday, September 11, 2006

E quem disse que não faz calor em Londres?


Aproveitando o calorão que desanima sair a qualquer lugar, vou atualizar vocês um pouco mais e com roupas as mais sumárias possíveis. Na sexta-feira fui a Camden Town (um bairro em área ao norte do centro de Londres). Uma passadinha no Camden Market e outra no Camden Lock Market, tomou-me a tarde toda. O turista desavisado não deve confundir as duas áreas. Candem Market é um mercadinho que vende roupas baratas e é dirigida basicamente a turistas. Já o Lock Market tem coisas mais interessantes, com artesanatos locais, brechós, comidas típicas e objetos de todos os países (... inclusive sandálias havaianas - as legítimas! – brasileiras, a preços escandalosamente altos).


No sábado de manhã, gloriosamente ensolarado, Flávia, Bibinha e eu pegamos um barco em Westminster, ao som das badaladas do Big Ben, e descemos o Tâmisa, em direção a Greenwich. Que passeio lindo! Vimos todas as pontes do trecho, os edifícios, todos comentados por um membro muito engraçado da tripulação. Descemos em Greenwich, conheci antigos “house mates” de Bia e depois fomos almoçar. Depois percorremos o Mercado de Greenwich que tem artesanatos lindos mesmo! Muito melhores que os de Candem Town. Quem quiser artesanatos bonitos, bem bolados, embora não muito baratos, vá a Greenwich. Em seguida passeamos um pouco no parque e é lógico que tivemos que tirar umas fotos no famoso relógio de Greenwich, com um pé no ocidente e outro no oriente do planeta... Muito original.... Visitamos o telescópio, mas já estávamos tão cansadas que resolvemos não ver o Museu Naval, que pelo que ouvi falar, acho que Neal adoraria!

Chegamos à Oxford Street, tomamos um café e rumamos para ver Sinatra! Quanta expectativa! Eu que acho Sinatra um dos homens mais charmosos do planeta estava ultra ansiosa para vr um belo musical sobre a vida de Sinatra... pontuada com suas canções! Mas... o musical em si foi um pouco decepcionante. Deu-me a impressão de coisa para turista e um pouco de picaretagem. Combina fotografía, dança e música, mas só mostra Sinatra no telão, com excelentesa truques fotgográficos. Ei esperava um baitra cantor fazendo o papel de Sinatra... e metgade do espetáculo fica-sze a ver o telão... All the way? No... no way...

Domingo foi um dia que começou tarde... domingão que começou com gostinho de preguiça... Muito calor! Bibinha, Flávia e eu fomos a Kew Gardens. É o Senhor Parque-Jardim. Apesar do adiantado do verão ainda havia rosas, além de flores da temporada, como begônias. Visitamos inicialmente o Palm House, uma estrutura de vidro que contém a recriação de diferentes florestas tropicais. Passeamos um tempão no Princess of Wales Conservatory, composto por vários zonas com diferentes microclimas, começando por plantas de deserto, até climas ultra-umidos onde havia uma ninféia amazônica gigante, Aloe vera e várias plantas carnívoras. Aproveitamos que Flávia é uma ecologista e aprendemos mais um pouco com ela.

Depois de uma lanchinho por lá mesmo, as meninas compraram vasinhos com ervas para a casa delas e voltamos.... mais uma vez exaustas... Estava ainda muito calor mesmo no fim da tarde...


Nesta segunda-feira de manhã está um calor do cão aqui em Londres e decidi ficar mais tempo em casa. Já faxinei o quarto de Bibinha e resolvi lavar minhas roupas de verão que acreditava eu só iria usar em Portugal. Melhor lavar rapidinho! Vai fazer calor nos próximos dias e vou precisar dessas roupas, e arquivar na mala as de meia-estação ou de frio. Vou aproveitar o dia de hoje para ficar quieta por aqui... continuar a ler (pela segunda vez) “O Apanhador npo Campo de Centeio”de Salinger... Excelente companhia para um dia como hoje...

Saturday, September 09, 2006

Algumas de minhas peripécias desta semana... Só algumas... quase impossível contar tudo
Na segunda- feira rumei para Leicester Square (onde é possível comprar ingressos de teatro mais barato) para comprar ingressos para ver Sinatra. Comprei... ou melhor... acho que comprei... vejam mais adiante o que aconteceu ... Depois fiz um passeio pela região de Leicester Square, o pedaço de Londres onde há mais teatros por metro quadrado que já vi em minha vida. Por outro lado, por ser uma região com muitos turistas, é muito americanizada, pois só havia Burger King, Pizza Hut, Starbook Café, Friday’s, e todo a parafernália de restaurantes norte-americanos. Estiquei minha caminhada até Picadilly Circus (onde fica a famosa estátua de Eros), uma caminhada por Picadilly Road, uma rua cheia de “archades” centenáriaa e podres de chique, e depois, de volta fui a Covent Garden.
Covent Garden é uma região muito interessante. Lá acontece todos os dias um mercado de antiguidades, de objetos usados e de artesanato. No mesmo pátio do mercado, artistas mostram seus talentos: comediantes, cantores... enfim... é diversão para uma tarde inteira.

Voltei para casa exausta e como sempre feliz. Bibinha chegou e depois Flávia e eu acompanhamos Bia e assistimos o treino de natação dela. Apesar de ter ficado um tempo sem nadar, ela continua ultra em forma! Até o treinador dela (um bonitão) comentou isso!


Terça-feira, 6 de setembro – Havia decidido andar pouco pois sabia que iria ao teatro à noite e queria ter um dia mais calmo. Fiquei em casa pela manhã e tive a experiência de lavar o banheiro, coisas que não fazia há muitos anos... Pois é, no primeiro mundo temos que abrir mão de certas regalias do terceiro...

Decidi que iria apenas a Brick Lane, uma área tipo Bom Retiro, onde também no passado era reduto de judeus e se tornou uma área de exposição de novos estilistas, ainda sem fama, por isso com precinhos “acessíveis” (digo isto entre aspas por ser acessível do ponto de vista dos britânicos). Peguei o metrô para Whitechapel, onde pretendia trocar de linha para ir até a estação segunte, Shoreditch, que fica na boca de Bricklane. Desci em Whitechapel e qual não foi minha surpresa ao ver um cartaz que a linha para Shoreditch estava desativada. OK... vamos a pé e aproveitarei para saber ocomo é Whitechapel. Ao sair da estação do metrô, vi que havia aterrisado na terra dos muçulmanos! Havia um mercado bem em frente que vendia aquelas roupas de muçulmanos e indus. Um festival de cores, mas como praticamente não havia pessoas brancas por lá... decidi andar rapidinho até Brick Lane. Uma baita caminhada... Lá chegando reparei que as primeiras quadras de Brick Lane são ainda de muçulmanos, muitos de Bangladesh. Inúmeros restaurantes, por sinal com aparência limpíssima, oferecendo comida típica da Índia e de Bangladesh. Infelizmente ainda não estava com fome, caso contrário teria experimentado. À medida que caminhava por Brick Lane, e a partir de uma antiga cervejaria que lá existe, começa a parte mais estilo Bom-Retirense. Havia coisas interessantes, mas apenas para mocinhas e bem magrinhas ... Nada para uma sessentona manequim 44-46... Após Bricklane encaminhei-me para o metrô em Liverpool Station, pois não vi nenhum ônibus que fosse para as bandas que eu conheço.

Já que estava no metrô que passaria por Notting Hill, desci ali e dei uma voltinha. Como estivesse cansada resolvi voltar para casa. Li um pouco, cochilei mais um pouco e então Bia chegou para irmos ao teatro... ver Sinatra.... ao menos foi isso o que planejamos.


Dirigimo-nos então a Leicester Square para assistir o mjusical sobre a vida de meu cantor preferido. Antes fomos jantar num restaurante Thai em Leicester Square. Que delícia de comida! Mas ... de repente... eu comecei a sentir uma baita coceira na garganta e Bia começou a esfregar o narizinho que estava coçando. Nós duas começamos a tossir e TODAS AS PESSOAS DO RESTAURANTE TAMBÉM. Foi hilário. Por que? Porque o casal na mesa ao nosso lado pediu um prato com algo “spicy” que fez todo mundo começar a tossir compulsivamente. Parecia uma comédia. Após o jantar nos dirigimos ao teatro...e quando lá chegamos, seguindo o mapinha que dão para a gente ao vender os ingressos .... era o teatro onde estava passando C hicago! Eu havia comprado errado. Em vez de Sinatra comprei Chicago. Dá para vocês sacarem o porque disso? Porque uma das músicas mais famosas de Sinatra é Chicago... e aí... para eu errrar foi uma palavra só... Bem, de qualquer forma assistimos a Chicago e valeu a pena mesmo!!! ESPETACULAR. A artista que faz o papel de Roxy é uma ruivinha que lembra MUITO a Joaninha. Uma comediante nata!

Na quarta-feira, não tive dúvidas. Voltei a Leicester Square e comprei os ingressos para assistirmos Sinatra no sábado.


Quinta-feira – Minha colega tradutora e amiga, Ana Luiza me ciceroneou por um bando de lugares, a maior parte não muito visitados por turistas. Inicialmente fomos à região dos “Inns of Court”, a região das cortes, leis e advogados, com edifícios do século XV. Há advogados e advogadas por todos os lados. Livrarias sobre direito, roupas apropriadas para advogados e até as perucas que eles ainda usam na corte.

Na mesma região visitamos Temple Church, construída pelos templários no século XIII e que hoje faz parte do roteiro turístico do Código da Vinci...

Visitamos ainda a St. Bride’s Church, a igreja dos dedicados às letras, em cuja cripta há resquícios de igrejas anteriores, que ali existiram. Foi nessa região, em especial na Fleet Street, que teve o início da imprensa britânica e onde os primeiros jornais e editores se instalaram. Almoçamos em um pub muito interessante, que havia sido um banco. O porão, onde ficam os banheiros, era o local dos cofres! Realmente vale a pena visitar esses banheiros.

Nessa mesma região visitamos o Sir John Soane’s Museum. Uma casa inacreditável! Soane foi um famoso arquiteto (ele projetou o prédio do Bank of London) e legou sua casa à nação, com a condição de que nada poderia ser alterado. Ele foi um catador de obras de arte, excentricidades, utilidades e inutilidades. A casa está literalmente forrada de obras de arte, das mais variadas origens. O prédio em si já vale a visita, com suas clarabóias por onde a luz é filtrada das formas as mais surpreendentes. Cheia de surpresas, como por exemplo uma porta coberta por um quadro e que se abre para outro quadro. No chão do porão está um enorme sarcófago egípcio.

Depois de tudo isso, nada mais justo que tomarmos um bom café com bolo. Fomos ao Nero Café (uma rede conhecida de cafés), pedimos dois cafés e duas fatias de cheese cake, e começamos a nos deliciar enquanto continuamos nossos papos. De repente vejo Ana se levantar rapidamente e olhar ao seu redor pelo chão.... a bolsa dela havia sumido. Logo em seguida ela bateu com os olhos na bolsa, já no chão, debaixo da mesa ao lado. Ela calmamente disse “Sorry , this is my bag” enquanto o cara da mesa ao lado saia rapidinho do café. Pois é, em terras da rainha também temos que ficar atentos às bolsas e bolsos....

Depois do episódio vimos como os ricos vivem, dando uma passada em Fornum & Mason, uma das lojas mais exclusivas de Londres, dedicada apenas a objetos de decoração de casa e artes. Passeamos a seguir mais um pouco, atravessando o St. James Park e em seguida o Green Park, passamos em frente ao Palácio de Buckingham e rumamos para Victoria Station. Mais uma passadinha na seção de “groceries” do Marks & Spencer...e nos despedimos para um novo encontro na semana que vem. Cansada e feliz.

Encontrei Bibinha e decidimos comer com Flávia no Mamagawa, deliciosa rede de comida oriental. Quem sabe a melhor comida oriental que já experimentei em minha vida, por um preço razoável.

Vou deixar para contar o fim de semana mais adiante.

Friday, September 08, 2006

Primeiros dias de muita felicidade em Londres!

Quem disse que a melhor cidade do mundo é Paris ou New York ou Rio de Janeiro? Ledo engano. Cidade interessante, bonita e que dá gosto viver é LONDRES. Estava certo Caetano Veloso ao escrever a música London London, reverenciando essa cidade.

Bem, vamos às peripécias.

Na quarta-feira passada (dia 30 de agosto) acordei me sentindo um lixo. Tomei um chuveiro para afastar os vírus e os maus espíritos, preparei um café para nós três e resolvi acompanhar Flavia até a estação de metrô mais próxima, para, ao menos, aprender como começar a me virar. Aprendi onde fica o supermercado e a farmácia (Boots) mais próximos e comprei um Oyster (um cartão que permite andar de metrô ou ônibus quanto quiser durante uma semana, e sai mais barato que comprar cada passagem individualmente, além de ser mais rápido pois não é necessário comprar um ticket para cada viagem).

Pela manhã então fiz umas compras para a casa no supermercado e no Boots (toneladas de lenços de papel...). Aí vi que embora deliciosa, a vida de Bibinha não é tão fácil assim.... Pegar o metrô e voltar para casa carregando algumas sacolas de supermercado não é mole... e para quem já estava mole, pior ainda.

Cheguei em casa, guardei as coisas e resolvi ficar quietinha e ao abrigo das intempéries, ao menos durante a maior parte do dia, e cuidar do resfriado. Um cliente havia me procurado para fazer um pequeno trabalho e eu havia aceitado para entrega na sexta-feira. Resolvi pois aproveitar que estava de molho e que não seria aconselhável sair, para adiantar quase a metade do trabalho. Pois é... se a vida te dá um limão... façamos uma limonada!

Almocei em um restaurantezinho italiano simpático em frente da casa de Bia. Comida boa, precinhos salgados para nós, pobres mortais que ganham em reais ou mesmo em dólares... Tenho que me acostumar a não pensar em reais, pois se assim for, não faço nada!

Fui dormir exausta... Bia havia decidido dormir com Flávia e me deixar sozinha no quarto dela, não só para não pegar meu resfriado, mas principalmente, creio eu, para fugir de meus roncos... Mas... eis que Bibinha me acorda, vindo com os olhos esbugalhados e o telefone na mão e meu coração já havia saltado pela boca apesar de ela falar “Mãe, não aconteceu nada... não aconteceu nada... mas seu carro foi roubado e é a Joaninha no telefone”. Joaninha, minha pequena toda nervosa... desesperada e sem saber que eu estava calma, surpreendentemente calma. Provavelmente eu me sentia tão miserável com o resfriado e ao mesmo tempo tão aliviada em saber que era apenas um problema material e que seria ressarcida pelo seguro, que nada me abalou. Demorei para dormir, mais preocupada com o nervosismo de Joaninha que com o roubo do carro propriamente dito. Na realidade, como estava pensando em viver sem carro mesmo, ao chegar no Brasil trato da papelada frente ao seguro, espero a grana, aplico-a e tento um novo “modus vivendi”.


Na quinta feira, 31 de agosto, acordei ainda bem resfriada e resolvi ficar em casa de manhã. Acabei o trabalho para meu cliente nos EUA e só. Almocei em casa mesmo e depois que a Flávia chegou, fomos para Somerset House.

Trata-se de uma construção belíssima do século XVIII com um enorme pátio interno donde brotam dezenas e dezenas de fontes de água. Ali estavam crianças a brincar de maiô... OMIGOD, só crianças inglesas para estar de maiô com aquela temperatura. Não que estivesse frio... mas também não estava quente o suficiente para deixar crianças brincando naquela água gelada. No inverno congelam aquele pátio para as pessoas patinarem no gelo. Teria valido a pena o passeio se fosse só para ver o prédio. Somerset House abriga o acervo do Courtauld Institute of Art, a Gilbert Collection e o Hermitage Rooms. Escolhemos ver a Galeria de arte do Courtald.


Gente... que beleza de arrepiar. O forte da Courtald são os impressionistas embora também haja alguns pós-impressionistas como Kandinski, Leger e um tal de Oscar Kokoshka, que nunca vi antes e também não faria falta. Lá ficamos horas a fio vendo Monet, Manet, Pissaro, Toulouse-Lautrec, algumas das bailarinas de Degas, Cézanne, e o famoso retrato auto-retrato de Van Gogh com Orelha Enfaixada. Pretendemos voltar lá para ver o acervo da Gilbert Collection (artes decorativas) e que, no momento também expõe jóias da Tiffany datadas desde 1837. Voltamos para casa. Flávia ia sair com um amigo e Bia e eu decidimos nesse dia jantar em um restaurante chinês que também serve comida tailandesa... deliciosa!


Na sexta-feira, eu já me sentia bem melhor do resfriado e decidi pegar um metrô logo de manhã para ir ao Science Museum. O Science Museum fica numa área em que há vários museus, inclusive o de História Natural e o Victoria & Albert Museum. Todos em prédios lindíssimos do século XVIII, creio eu.

Apesar da criançada e das avós que as acompanham e insistem em explicar tudo alto a seus netinhos, valeu a visita ao Science Museum. É enorme e só me foi possível ver bem o terceiro, o quarto e o quinto andares, mais voltados para medicina e ciências biológicas. Muito bonita a exposição sobre a história da medicina. Dei ainda uma corridinha pela área de computação e matemática. Ali vi toda a trajetória da computação, desde os primeiros computadores enormes. Foi engraçado observar que os especialistas daquela época se vangloriavam do tamanho dos computadores (o computador naquela época deveria ocupar cerca de 30 metros quadrados!) e de sua “espantosa” velocidade de cálculos, o que para nós é feito até por calculadoras de bolso. Passei depois na lojinha do museu onde continuei a me divertir e tive que me conter para não comprar um monte de coisinhas interessantes. Comprei um gadget para Neal ( ele é louco por gadgets) . Para mim, compre dois panos de limpeza ecológicos bárbaros. Evitam o uso de substâncias químicas de limpeza. Basta umedecer e voilá... tudo pode ser limpo com esses paninhos. Vou deixá-los em meu escritório para limpar computers e o que mais for necessário. Depois do museu, passei ainda no supermercado para encher um pouco mais nossa geladeira. Quando cheguei em casa (pois é quase sinto que também é minha casa!) passei um aspirador no quarto de Bibinha e dei uma limpada na cozinha e no banheiro com o famoso paninho. E não é que funciona às 1000 maravilhas ?
Quando Bibinha chegou do trabalho, preparei um jantarzinho para nós duas e ficamos quietinhas em casas, lendo e vendo TV... Conforme o sotaque de quem fala na TV tenho dificuldades em entender. Esse negócio de falar “plice” para “place” e coisas assim, além de expressões locais me confundem bem.

Fui dormir cedo... cansada e feliz por ver tantas coisas interessantes.


Sábado, dia 2 de setembro... tempus fugit! Já estamos em setembro. Acordei com uma recaída do resfriado e uma baita enxaqueca. Imediatamente pensei “Merda! Justo no sábado que eu pretendia passear com Bibinha!”. Mesmo assim me levantei, tomei um bom chuveiro, um Tylenol, um café forte e como me senti então ligeiramente melhor resolvemos sair assim mesmo. Pegamos o metrô, descemos em Charing Cross e loguinho ao lado estava tendo uma baita liquidação de sapatos. Lógico que Bibinha e eu não resistimos. Eu comprei um sapato marinho e gelo lindinho que me custou apenas 7 libras e Bibinha um sapato italiano marron para trabalho por 12 libras. Nem no Brasil compraríamos por esse preço. É que aqui, quando há liquidação os preços são realmente bem baixos. Há estações definidas e assim ao término de uma estação eles renovam tudo mesmo. Não é como em SP que faz calor em julho e frio em dezembro... Saimos da loja felizes da vida com nossas novas aquisições e rumamos para Trafalgar Square.

Em Trafalgar Square estava acontecendo um festival em prol de instalações, mecanismos de facilitação da vida e trabalho para deficientes. É admirável como eles tentam apoiar e facilitar a vida dos deficientes. Seria bom se no Brasil houvesse essa mesma preocupação Fomos visitar então a igreja de St. Martin-in-the-Fields, uma igreja do século XVIII, muito linda e sem os rococós das igrejas católicas.

Depois descemos à cripta da igreja, onde havia uma lojinha e onde Bibinha comprou uma lembrancinha para o pai.... e meu presente de aniversário. Um lindo conjunto de caneta tinteira (à moda antiga, em que você coloca a pena que quiser) com penas e tinta. AMEI!!

Encontramos então com uma amiga de Bia, e rumamos as três para a National Gallery. Lá... almoçamos e tomamos mais um delicioso banho de impressionistas, com direito aos famosos girassóis de Van Gogh e sua memorável Cadeira Amarela, pontilhismos de Seurat (maravilhosos), além de pintores ingleses – óbvio – como Turner. Saímos de lá exaustas mas em estado de graça...

Resolvemos ainda percorrer Charing Cross Road, a rua das livrarias de Londres. Aquilo é de deixar qualquer um louco. Imaginem que há livrarias que vendem EXCLUSIVAMENTE livros sobre casos verídicos de crimes! Outras que vendem só livros policiais e de terror. Outras, só arte e nada mais. Isso sem contar com as enormes livrarias gerais, como a Foyle`s, que durante muitos anos foi a maior livraria do mundo, mas acho que agora é apenas uma livraria muito grande... mas não a maior do mundo.

Lá, Bia e eu ficamos horas fuçando nos livros. Fui para a seção de livros sobre artesanato e anotei os títulos de todos os que me interessaram, para encomendar da Amazon, usando os vale-presente que minha sogra e cunhados me mandaram de presente de aniversário. Vai ser uma maravilha! Fomos a outra livraria (Soho Book Store) que vende livros a preços irrisórios. São livros novos, mas seus preços são muito inferiores aos impressos na contra capa por terem pequenos defeitos, como por exemplo uma borda com uma manchinha ou um arranhão leve na capa. Lá Bibinha achou um livro ultra-interessante para dar para o pai... e eu comprei um outro para o Neal. Adivinhem o que havia no andar de baixo da livraria ? Uma sex shop! Que mistureba... cultura e sexo.

Depois desse sábado bem agitado resolvemos ter um domingo mais tranquilo. Logo de manhã fomos para Richmond, um subúrbio “posh”de Londres. Visitamos o local e notei que as casas dos ricos ingleses são muito diferentes do que vemos no Brasil ou nos EUA. Como o país é pequeno, o preço do centímetro quadrado é muito alto e por isso os jardins das casas são praticamente inexistentes ou inexistentes mesmo. Isso jamais aconteceira em um bairro de classe A no Brasil ou nos EUA, com suas dimensões continentais. Para contrabalançar o parque de Richmond é ENORME. Calculo umas 20 vezes maior que o Ibirapuera. Andamos, andamos e andamos durante várias horas e não conseguimos cobrir sequer 1/5 do parque. Tem um estilo de fazendão, com vegetações as mais variadas, animais soltos pelo parque e chegamos a ver grupos enormes de veados. Mas enormes mesmos. Atravessavam as ruelas e todo mundo tinha que deixá-los passar. Um deles, que liderava uma fila de veados, começou a andar bem devagarinho, como se estivesse desafiando os carros que queriam andar pelas ruelas. Era uma veadagem de dar gosto...

Mais... muito mais notícias em breve... Hora de sair e aproveitar o frio banhado pelo sol do verão londrino

Thursday, September 07, 2006

Diário de viagem

Do Brasil... direto para o Hotel D. Manuel em Lisboa. Cheguei exausta. Um descanso e a espera ansiosa para encontrar com Bia. Finalmente ela chegou (um pouco atrasada pela palhaçada do aeroporto de Heathrow o que redundou em atraso no vôo. Quando nos vimos a alegria foi tão grande que não conseguíamos parar de pular uma em frente da outra, como duas adolescentes.

Bibinha e eu tivemos férias fabulosas em Portugal!

Lisboa é linda ... as vielas pitorescas, os castelos antigos (aqui se respira história), as vistas que temos em cada curva das ruas e dos castelos, o Tejo se encontrando com o mar... inesquecível.

Ah... a comida é deliciosa, mas a inteligência portuguesa é, de fato, antológica.
Logo no segundo dia em que esávamos em Lisboa, uma portuguesa gorda praticamente sentou no colo da Bia, porque o "elétrico" (que é o bonde deles) estava cheio. Bia tentou cutucar a bunda dela.... mas sem muito sucesso.


No sábado fomos visitar o Castelo de São Jorge, que fica na colina mais alta de Lisboa; lá há construções fenícias, romanas e muçulmanas. Há vestígios de construções do século VI AC! Em certo momento entramos em um átrio, em cuja entrada estava um inglês a tocar música renascentista que nos perseguiu por quase todo o Castelo. Lá dentro, um teatro ao ar livre e no momento está sendo exibido um Festival Internacional de Máscaras e Comediantes.

Tentamos ver o Castelo de Belém, mas chegamos tarde demais e só pudemos ver por fora. Mesmo assim valeu. Fica bem na foz do Tejo, de onde partiram as naus de Américo Vespuccio para a descoberta das Américas. Vista inesquecível!

Os dois dias que se seguiram foram, mais uma vez maravilhosos. No domingo, passamos o dia nas praias da região. Fomos primeiramente a Cascais, lá pegamos duas praias (água gelada!!!!) e passeamos pela cidadezinha. As praias são bonitas, mas não se comparam às nossas. Na primeira praia visitada, vejam só, havia um concurso de natação de cães... Eram todos de uma raça chamada "Portuguese Water Dog" e quem nos informou isto foi a dona de um dos cães, que era inglesa.. acabo de ver que o nome da raça em portugês é... é.... é... quem adivinha? ... é.... tchan tchan tchan tchan... cão d’água português. Cascais é sem dúvida uma "Guarujá" lusitana. Em seguida fomos caminhando até a cidade vizinha, Estoril, outra pequena cidade de gente bem abonada. Lá fica o maior Cassino da Europa. Depois fomos a um terceira cidadezinha praiana, Carcavelas (que eu insisitia em chamar de Carcarejos; essa estava mais para Praia Grande... com farofeiros e tudo o que tínhamos direito: choro de criança, berros de uns africanos (falando um idioma que não entendíamos patavina...) além de brasileiros, que é o que mais tem aqui em Portugal. À noite, foi difícil achar algo aberto. Tudo fecha aos domingos em plena capital de Portugal! Finalmente encontramos um restaurante aberto...


Hoje fomos a Sintra. MARAVILHOSA. Sintra é uma pequena cidade, nas montanhas, cheia de ruazinhas tortuosas, fresquinha e com cheiro de plantas por todo o lado. Antiquíssima, com construções e castelos que datam dos muçulmanos e mouros. Inicialmente visitamos o Palácio de Sintra que era o castelo de refúgio de verão dos reis de Portugal. Almoçamos como rainhas e depois fomos para o Castelo dos Mouros, bem no alto da montanha. Bia e eu bobeamos e começamos a subir a pé a estrada que leva ao alto, em vez de pegarmos o “autobus”, achando que era pertinho. Gente! Que caminhada íngreme! Subimos e subimos e subimos durante duas horas. Finalmente, chegamos ao Castelo e a vista de 360 graus que de se descortinava pagou qualquer preço. Vista de todo o vale, chegando até à costa.


No último dia que passamos em Lisboa (terça-feira, dia 29 de agosto) , fizemos um passeio ao Parque das Nações, situado na parte mais oriental da cidade, margeando o Tejo. Esta é uma nova Lisboa: moderna, rica e ali aconteceu a Expo 98. Fica perto da nova ponte Vasco da Gama. Fizemos um passeio ao longo do Tejo e ao longo de jardins em estilo ultra-moderno. Pegamos um teleférico que nos permitiu ter uma visão geral do complexo. Fazia um calor medonho nesse dia. Mesmo assim nos armamos de coragem, descemos do outro lado e voltamos caminhando... e suando... Paramos numa feira que acontece todo o verão, com barraquinhas de diferentes países e comnprei um presentinho da África do Sul para Joaninha.

A seguir, rumamos para o Hotel, arrumamos as malas e fomos para o aeroporto.
Quem quiser ver fotos de nossa viagem a Portugal, vá para .... não.. não .... não é o que vocês estão pensando... o site onde bibinha coloca fotos.


Bem... naquela mesma noite de terça–feira, dia 29 de agosto, aterrisamos em Londres... Malfadada chegada. Filas imensas, em vários zigue-zagues, para mostrar a documentação. Todas as pessoas ao nosso redor de mau humor. Bibinha preocupada pois no dia seguinte deveria acordar cedo para ir ao trabalho... e sabem como é... o primeiro dia de trabalho após uns dias de féiras sempre é atabalhoado. Eu ensaiando um resfriado e ficando meio mole... Após passarmos pela imigração, pegamos nossas malas, que por sorte estavam passando na esteira de malas exatamente no momento em que chegamos ao “baggage claim”, e imediatamente rumamos para a estação de metrô de Heathrow. Mas qual não foi nossa surpresa ao batermos com a porta na cara. Um grande aviso dizendo que por “problemas técnicos” os trens de Heathrow não estavam funcionando. Pois é... em terras civilizadas essas coisas também acontecem... Daí bateu o desespero pois se voltássemos de trem para pegarmos um metrô na cidade, a rede de metrô para casa já teria fechado. Nisto surgiu do além um motorista de táxi paquistanês já com um freguês e perguntou se queríamos rachar a viagem com o freguês. Sairia 35 libras para nós duas e outro tanto para o freguês que estava indo para não muito longe da casa de Bibinha. Fizemos as contas e achamos que seria a única solução viável...

Chegamos em casa sãs e salvas... e exaustas. Mas... mesmo assim deu para eu ver como era gostosa a casa de Bibinha. Um amor. Toda clarinha. Mais parece uma casa de bonecas Pequeninha mas muito ajeitada. A “flat mate”de Bia, a Flávia, foi ultra-simpática e queria nos agradar de qualquer maneira... mas eu estava tão mole, já com o resfriado, que só queria deitar e dormir.
Pobre Bibinha... como eu estava resfriada eu ronquei ainda mais que o usual... e ela não dormiu bem.

Tuesday, August 22, 2006

Felicidade

Sinto-me tão feliz nesses últimos dias, que tenho até medo de olho gordo... Sei lá se existe ou não. Será?

Quarta-feira... encontrei-me com Celi, Eva e Vera. Três amigas... não, elas não são minhas amigas. São minhas três irmãs. Trabalhamos juntas na USP durante mais de vinte anos. A vida universitária foi boa, mas depois de me aposentar o que mais sinto falta é da companhia constante de minhas três irmãs. Como sempre falamos de tudo e até esquecemos da hora... Falamos da vida na Universidade, falamos sobre nós mesmas, sobre o que lemos e vimos, trocamos confidências e dicas, e falamos bastante sobre homens, maridos e ex-maridos.

Na sexta-feira resolvi dar um pulo no ateliê do tal do Tide Hellmeister... e continuei a babar as obras dele. Acho que ao voltar da viagem vou fazer uma pequena loucura e comprar uma de suas obras.

Troquei breves palavras com Hellmeister e fui informada que, a partir de outubro, ele pretende formar pequenos grupos e ensinar sua arte de colagens. Bem que eu gostaria de fazer esse curso, mas temo que esses cursos sejam muita areia para meu caminhãozinho. Afinal ele já participou de Bienais e tem o nome feito como artista. Acho que devo começar com um curso mais básico, daqueles voltados para bugres em artes plásticas, como eu... Gostar ou querer é uma coisa, poder é outra. Nem me venham com essa estória de querer é poder...

Outra coisa que contribuiu para me sentir feliz foi ter falado com Caty e sentido sua voz firme, como em outros tempos. Ela me pareceu bem menos deprimida, rindo e encontrando alegria nas pequenas coisas da vida. Sei que isso não será duradouro, mas mesmo assim foi bom escutar uma voz mais otimista (... ou resignada...) . Caty deve estar na fase de aceitação.

O fim de semana foi gostoso apesar do resfriado de Neal. De manhã passeamos pela Vila Madalena, com ruas íngremes, lojinhas às mais diversas e um clima à la Montparnasse tropical. Restaurantes donde emanam cheiros dos mais variados temperos, rodas de samba que se abrem logo após o almoço...

Como o brasileiro é criativo! Quanta coisa bonita nas lojinhas de artesanato! Preciso voltar lá noutro dia, quando o Neal estiver mais disposto a caminhar. É gostoso conversar com os "vilamadalenses", ver o que fazem, gente do bem...

À tardinha fui com Miriam, vizinha e amiga, ver um filme imperdível: "Fred e Elsa". A história de amor de dois velhinhos que se conhecem quando estão com cerca de 80 anos. O filme poderia facilmente ter enveredado por uma seara de pieguice, mas em momento algum isso aconteceu. Uma espécie de comédia, mas com momentos tocantes, o que torna o filme simplesmente adorável.

Domingo foi meu aniversário. Pois é... para quem não sabe, completei 63 anos. Foi bom acordar com um beijo de parabéns do Neal. Dele ganhei um vale presente da Livraria Cultura e flores com um cheiro delicioso. Bibinha então com aquela voz de menina me telefonou de Londres... Mais tarde, Joaninha acordou e ganhei mais seis livros! Ela conhece bem meu gosto e acertou em cheio. Mais tarde Charles veio nos visitar e ... lá recebi eu mais um vale presente para escolher o que quiser na Livraria Cultura. Ah... e no dia seguinte recebo um e-mail da minha sogra e cunhados, enviando mais um "gift certificate" da Amazon Books. Meu Deus, agora tenho com o que me divertir por um longo tempo.

Joaninha, Neal e eu fomos almoçar no Applebees e estava delicioso. Daí, voltamos para casa, enfurnei-me no sofá e fiquei lendo "Diário de um fescenino” de Rubem Fonseca. MUITO bom! Recomendo a quem ainda não leu. Enfim, é impossível se sentir infeliz quando rodeada por tanta gente amada e tendo momentos tão bons.

Aiaiai, chego até a estar melosa.

Hoje, terça-feira... acabo de almoçar com amigas (Lucia Haddad, Sonia Violeta e Jo) no Jardim Aurélia. Companhia agradável, comida gostosa, papo interessante... Que posso querer mais? Agora, resta-me organizar esta escrivaninha, fazer uma lista do que levar para a viagem e voar para Portugal, onde me encontrarei com meu bebezão. Tanta coisa boa acontecendo na minha vida que chego a perder o fôlego.

Reparo que quando estamos felizes escrevemos de forma mais superficial, praticamente como um diário de bordo, talves chegando a ser desinteressante. Será que a profundidade, a capacidade de melhor exprimir nossos sentimentos ocorre mais facilmente, ou é mais comum, em momentos de introspecção, tristeza, aflição ou nostalgia?

De Portugal ou da Inglaterra devo mandar notícias....

Fui!

Tuesday, August 15, 2006

Colagens... clonagens... e a coragem?


Há poucos dias estava eu me lembrando de minha coleção de selos, há tanto tempo esquecida em estantes e gavetas. Pensei como seria bom aproveitar esses selos e montar uma colagem, um quadro, uma coisa bonita. Parece que as coisas aparecem na hora certa... ou a gente fica mais atenta quando está envolvida em determinado assunto...

Pouco depois caiu em minhas mãos um número da Veja que mencionava uma exposição de colagens. A obra do artista Tide Hellmeister me atraiu já na revista.

Sábado foi um dia como poucos. Senti-me enriquecida ao visitar a galeria de artes mencionada (Area Artis), que fica, aliás numa das ruas mais encantadoras de São Paulo, a rua Normandia em Moema.

A coleção de Hellmeister é pura magia e poucas vezes me senti tão enfeitiçada quanto no sábado. Surpresa... surpresa... no catálogo da exposição estava escrito que as obras dele estão sob exposição permanente, não longe de casa, e que ele ministra cursos para grupos que trabalham com ele mesmo!!!

Quanta coincidência... parece que algo inexplicável está me puxando para esse caminho. Pilho-me a pensar o tempo todo em papéis, pincéis, tintas, cortes e recortes... cores e jogos de palavras que quero expressar visualmente.

Imagine que no meio da noite comecei a pensar no jogo de palavras que gostaria de colocar como fundo de uma obra ...

Negócio nego nega ócio cio ócio nega negócio... oi só!

Irei visitar a exposição permenente dele e ver se ele teria a paciência de ensinar sua arte a uma novata, que mal sabe escrever com caligrafia decente... Quero fazer colagens, não clonagens... mas terei coragem?
**********

Todos falando sozinhos...

Há alguns meses atrás, se eu visse qualquer pessoa falando sozinha pelas ruas, diria que devia ser louca, atormentada ou senil...Mas reparem que o número de pessoas sós e “fora de seus perfeitos juízos” conversando, aparentemente consigo mesmas, pelas ruas vem crescendo. Será que tem havido mais e mais loucos perambulando pelas ruas?
Nah, nah, nih, nah, nah.... é o uso crescente dos tais “bluetooth”!
E eu que sempre fui tão moderninha, das primeiras a aprender a usar com eficácia um computador, começo a achar um exagero essa onda comunicativa...

Tuesday, August 08, 2006

Conversas - Observações - Minhas filhas... meu orgulho

Desde que entrei na casa dos 60, pilho-me a pensar mais e mais na idade. Não tanto na velhice em si, mas na idade que avança e no que ela acarreta, física, intelctual e emocionalmente. Estou às vésperas de completar 63 anos.... Pois é, outro dia estava conversando com a Regina Alfarano, uma colega e amiga muito engraçada e com que me dou ultra-bem. Estávamos papeando sobre as mudanças que vêm ocorrendo em nossos corpos com o passar dos anos. Eu comentei que é sabido que todos começam a ficar mais baixos após os 40. Os 40 já se passaram há um bom tempo para nós duas eu disse a ela que da última vez que fui ao médico fiquei atônita! Em vez dos meus 165 a 166 cm ele disse que eu media 162 cm! Aí ela se saiu com essa...

- Menina! E não é que eu venho percebendo que o chão tem estado cada vez mais próximo de meus olhos!

*****

Moro no Itaim, onde tudo pode ser resolvido a pé, tudo é pertinho, inclusive meu escritório. Começo a achar uma grande bobagem manter um carro que fica a maior parte do tempo na garagem de casa. Com o dinheiro da venda do carro rendendo mais de 1% ao mês e sem as despesas de IPVA, seguro, gasolina/álcool, revisões periódicas, estacionamentos, etc. posso muito bem pegar um táxi quando necessitar e ainda vai sobrar uns trocados. Além do mais, tenho me acostumado cada vez mais a caminhar, sempre que possível.

Conversando com Graça, psiquiatra e amiga querida, comentava sobre esse plano de vender meu carro.

Continuamos a conversar e contei a ela que havia começado um blog e que de vez em quando gostava de colocar por escrito o que vejo, o que gosto, o que penso e tantas coisas mais.

E o papo continuou por um bom tempo, sobre uma série de coisas. Mais adiante estava comentando que embora eu tenha duas mãos esquerdas para desenhar ou para artesanatos, sempre tive vontade de fazer coisas bonitas. Disse que como sei que jamais conseguiria desenhar algo decente, e que não se parecesse com uma garatuja (como minha própria caligrafia), estava querendo aprender a fazer colagens. Tenho boas idéias e, modéstia à parte, bom gosto... e quem sabe esse tipo de coisa daria certo comigo e preencheria esse desejo de “fazer coisas bonitas” com minhas próprias mãos.

E contei ainda que vinha tentando achar mais tempo para cuidar de mim mesma e de fazer as coisas que gosto: tempo para hidroginástica, Pilates, massagens, escrever, dedicar mais tempo para minhas leituras, deixar minha casa gostosa, viajar...

Graça, com toda a sua perspicácia, abriu meus olhos para algo que nem havia passado pela minha cabeça... Disse ela: “Você sabe o que está acontecendo com você, Lúcia? Você está mudando o foco de sua vida. Em vez de somente fazer coisas que podem ser aversivas, você está tentando ter uma vida mais prazeirosa. Você não está atualmente trabalhando para sustentar (ou ajudar a sustentar) uma família, mas sim porque gosta de traduzir e do contato com seus clientes e colegas. Você não está fazendo hidroginástica apenas porque tem que fazer, mas sim porque este se tornou um momento gostoso para vc.” E assim foi ela demonstrando o que vem acontecendo. Não sei, não... mas talvez tudo isto tenha a ver com a idade.

Pois é, Graça, você soube juntar todas essas migalhinhas de vida e mostrar algo que ninguém, nem eu mesma conseguia enxergar.

Não posso me queixar da vida. Como assim, dirão alguns? Só os tolos se consideram felizes e acham que a vida é boa. . Razões para eu considerá-la boa? Tenho-as de sobra. Filhas maravilhosas, marido bom e compreensivo, boa saúde, bonitona, amigos fiéis, meu próprio trabalho me dá prazer, faço um monte de coisas que gosto de fazer ... e pretendo fazer ainda mais... Então, isso não basta?

****

Minha filhas... meu orgulho

Tenho imenso orgulho de minhas pimpolhas, Joaninha e Bia.

São duas pessoinhas lindas, de caráter, inteligentes .. e olhe que não sou coruja! J

Joaninha vai de vento em popa em sua carreira, pacientes não lhe falta, e esta semana será a inauguração de seu novo consultório. Isso mesmo sexta-feira, Joaninha do alto de seus 28 anos, já com um mestrado na mão irá inaugurar, com seus sócios, seu consultório que faz parte do Paradigma, um núcleo de análise do comportamento e de formação do profissional para a atuação em várias áreas da Psicologia.

Bia, a considerada a "netinha de Alberto Dines" trabalhou durante anos para o Observatório da Imprensa antes de se mudar para a Inglaterra. Embora continue trabalhando para a Wolters Kluwer em Londres, vez por outra pega algum trabalho como "freelancer" para o Observatório da Imprensa. Na semana passada ela escreveu um artigo escelente, que que revelou mais uma vez toda a sua perspicácia. Quem quiser, veja!

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=392MON019

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=392MON020

Então... acho que não é à toa que tenho um orgulho imenso de minhas filhas!

Friday, July 28, 2006

Alegrias, tristezas, raiva, encontros e desencontros, visões do que ocorre ao meu redor, planos futuros ... tudo se funde em minha cabeça em poucas horas.

Uma alegria
Tive a alegria de ver um artigo meu que saiu numa revista dedicada à tradução médica, Panace@.

Quem quiser, pode dar uma espiada em
http://www.ouso.blogspot.com/

Uma grande tristeza
Ver minha amiga de infância Caty se despedindo da vida. Caty foi fundamental no traçado de minha vida.

Começamos nossa amizade aos 13 anos. Naquela época, outras meninas do mesmo grupo de filhos de judeus alemãos me olhavam com desdém... eu era a mais pobre de todas.
Os pais da maioria haviam conseguido se estabelecer bem no Brasil e "fazer a América".

Meu pai, apesar de ser um homem inteligentíssimo, nunca se deu bem em negócios, como a maioria o fez.

Mas Caty era uma das raríssimas que me aceitou bem e nos tornamos amigas e confidnetes... Horas a fio batendo papos durante anos a fio.
Essa amizade perdurou por toda a vida, apesar de termos tomado caminhos tão diferentes. Caty se tornou uma especialista de renome em literatura norte-americana e foi morar nos EUA.

Quando já moças feitas, conheci meu primeiro marido (Charles) por intermédio de Caty. Ela foi minha madrinha de casamento. Por isso digo que Caty foi fundamental nos aspectos mais lindos de minha vida: se não fosse por ela, não teria me casado com Charles e nem teria as duas filhas maravilhosas que tive com ele. As filhas das quais tenho um orgulho imenso.

Agora Caty está se despedindo... e deixando muitas saudades. Um câncer fulminante está levando minha amiga e me deixando com muitas saudades.

Raiva... muita raiva
Raiva dos médicos que tentam fazer manobras estóicas para salvar minha amiga, sem enxergarem que estão apenas prolongando o sofrimento dela. Caty está lúcida e com pouco mais do que 30 kg. Tem sofrido tanto... e há tantos meses... Já não tem estômago... os alimentos estão saindo pelo dreno... começou agora uma septicemia.

Porque esse orgulho dos discípulos de Hipócrates em mostrar que podem prolongar a vida, custe o que custar, quando está evidente que nada mais há a fazer? Por que não sedam minha amiga e deixam-na partir em paz?

Não estaria na hora da medicina ter um novo foco? Oferecer qualidade de vida e minorar sofrimentos não seria mais razoável, quando nada mais há a fazer?
O câncer já se espalhou por todos os lados. Por que relutam em enxergar que nada mais há a fazer?

Saturday, July 22, 2006

O que estou lendo agora...

Como disse, saí da ficção para conhecer melhor o processo "escritório" e comecei a ler um pequeno livro de Sonia Belloto: “Você já pensou em escrever um livro?”

O livro, tem como objetivo fornecer idéias que auxiliam o processo criativo, explica o funcionamento das editoras, analisa o mercado editorial e dá dicas de marketing.

Eis alguns trechos interessantes:
“Esqueça tudo o que você já aprendeu sobre escrever. Não existem regras para escrever bons textos."

"As regras que nos ensinaram na escola só serviram para inibir a nossa criatividade."

“A primeira coisa para escrever um bom texto é perder o medo de escrever, eliminar o trauma de ser julgado e corrigido”

Ela acrescenta que os primeiros requisitos são: ler e reler clássicos da literatura; praticar bastante e sem medo de errar. Mas segundo Sonia Belotto, há três condições básicas para produzir um bom texto:
Conhecer o leitor
Conhecer o assunto
Muito didática, Sonia Belloto classifica textos em quatro categorias: o autista (texto que só tem significado para o autor), o texto de vaidade (aquele que o autor escreve apenas para mostrar o quanto sabe sobre o assunto e impressionar o leitor), o bem-intencionado (o autor pretencde transmitir idéias interessantes mas falta-lhe o conhecimento das técnicas para fazê-lo e o texto planejado (o texto eficaz; o autor conhece as características do leitor que pretende atingir, domina o assunto e sabe aplicar as técnicas para torná-lo interessante.

Sonia ainda mostra os cinco personagens que atuam durante o processo e explica que esses não podem estar em cena ao mês mo tempo, nem serem confundidos. Começa pelo garimpador, o catador de idéias; quando estamos no papel do garimpador, diz ela, é sempre bom estar tempo todo com um caderninho à mão para anotar o que de interessante vemos, lemos, ouvimos. São as pedras brutas para a elaboração da jóia. Depois surge o planejador, o que seleciona as idéias que o garimpador obteve para o texto. Só depois vem o escritor, seguido pelo copidesque e pelo divulgador. Cada um a seu tempo.

Agora... isto já me deu cócegas para ler um livro de Borges "Cartas a um jovem escritor". Pode ser que este seja o próximo...

Chiiii ... acho que já estou ficando chata de tanto falar sobre livros. Tá bom... tá bom, só vou imitar minha filhota na próxima vez e dar uma lista dos livros que li este ano. Adoro partilhar essas coisas com ela, o meu nenê, a minha Bibinha.

Mas que coisa... estava escrevendo isto quando triiiimm... é a minha ruivinha (minha Joaninha), ao telefone. Ela foi visitar Bibinha em Londres e as duas... ai que chato... foram passar o fim-de-semana em Paris. Foi delicioso falar ao telefone com as duas. Escutar as aventuras delas, no meio da canícula por que passa toda a Europa neste julho de 2006.

Depois dessa, só resta dizer "Au revoir!"

Friday, July 21, 2006

Promessa é dívida...

Isto é um mal meu. Palavra dada, em meu dicionário, é sinônimo de palavra cumprida. Se não cumpro, um sentimento de culpa começa a se erguer como uma nuvem pesada sobre mim, vou ficando mais e mais aflita até que o melhor a fazer é cumprir. Coisas da educação que tive... influência principalmente paterna. Um dia falarei mais sobre meu pai querido que se foi há pouco mais de um ano. Pronto... lá me impus mais uma promessa.

Mas vamos lá... Fiquei de falar sobre a febre de pegar um segundo livro. O segundo livro em geral trata de algum assunto próximo ao tratado no primeiro livro, ou tem um estilo semelhante ou ainda foi escrito pelo mesmo autor. Seg. Flusser, assim funciona a "curiosidade", sinônimo da luxúria da mente. Quanto mais lemos sobre um determinado assunto, ou escrito por determinado autor, mais queremos ler. Quanto mais sabemos, mas sabemos que nada sabemos. É como sexo... é como a gula... a insatisfação crescente criada pela satisfação é a característica do estado de luxúria ou da gula. Apesar de lermos o segundo livro, o qual tem alguma afinidade com o primeiro, nossa reação não é mais a mesma. É menos intensa.. perdemos a virgindade e somos mais críticos e preconceituosos. Mais exigentes... Nossa mente oscila entre o segundo livro e o primeiro... e depois partimos para o terceiro... o quarto... É aqui que pode começar uma grande de interligação de temas.

Havia lido "As Intermitências da Morte" de nosso querido autor português Saramago. Como a maioria de vocês sabe, trata-se do tema morte e ausência da morte. Cansada de ser detestada pela humanidade, Dona Morte resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país imaginário, as pessoas simplesmente param de morrer. O que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. O melhor livro que li este ano!

O que se seguiu foi o "Assassinatos Na Academia Brasileira de Letras", de Jô Soares. Um autor de língua portuguesa, também, mas aqui D. Morte trabalha incessantemente. O título do livro já diz quase tudo: trata-se da história de um homem da lei, Machado Machado, em sua tentativa de desvendar os crimes que saltaram do livro de um acadêmico para a realidade do Rio de Janeiro, na década de 1920; a fantasia ganha o corpo de um assassino serial, e a Academia Brasileira de Letras começa a sofrer baixas em seu time titular.
Veja então o livro que se seguiu: "Um lugar entre os vivos", de Jean Pierre Gattégno, por sinal muito bom. Trata-se de um "thriller" sobre um escritor, Ernest Ripper, que encontra um sujeito que se apresenta como sendo o estrangulador de mulheres que está em todas as manchetes e lhe faz uma proposta: quer que Ernest escreva suas memórias. Assim começa uma trama que foge aos lugares-comuns, pois já temos o criminoso e resta saber se Ripper vai conseguir escrever o livro até o fim.
Aí deu-me os cinco minutos de ler mais um "thriller"... desta vez foi o Paciente 67, de Dennis Lehane (o mesmo autor do livro em que o filme "Sobre Meninos e Lobos" foi baseado). Trata-se da história de um xerife que chega a uma ilha pratocamente deserta com seu novo parceiro de trabalho Chuck. Nessa ilha está plantado um hospital psiquiátrico e os dois deverão investigar a fuga de uma interna desse hospital reservado a pacientes criminosos. Sem deixar vestígios, a assassina escapou descalça de um quarto vigiado e trancado à chave. Bem... melhor não ir mais adiante...

Após essa série de livros com estórias tão inusitadas, fiquei então curiosa sobre como os escritores esboçam sua escrita, como funciona nossa imaginação para o "creative writing". Não deu outra... o livro que então sucedeu ao "Paciente 67" não mais é um livro de ficçao mas sim sobre os bastidores dos livros...

Bem outro dia continuo falando sobre este livro ... que já está me fazendo continuar com outro sobre o mesmo tema.

De qualquer forma, acho que consegui ilustrar como funciona essa interligação de temas.

Não sei se isso acontece para a grande maioria das pessoas, mas é assim que vem acontecendo comigo.

Wednesday, July 12, 2006

** Ler, escrever e Flusser **

Pois é.. faz tempo não é?

Andei muito ocupada ultimamente, mas parece que escrever é como uma sarna... a gente tem ganas de escrever e fica chateada quando não consegue. Coceira que quanto mais se coça mais coça.

Outro dia estava desencavando uns livros (em um daqueles ataques de organização que me assaltam vez por outra) e achei um que era de meu ex-maridão e que ele deve ter esquecido de levar quando saiu de casa... e aqui ficou em minha estante por mais de 10 anos. Lembro-me que ele gostava do livro e do autor (Vilém Flusser), mas eu sempre achei o gajo meio esquisito... Vai ver que não tinha maturidade suficiente para compreendê-lo. Eu era muito pau, pau, pedra, pedra, entende? Cientista demais.

Bem, quando comecei a folhear o empoeirado livro o danado me "pegou"... De repente deparei com um capítulo que vale mencionar agora, que ando com mais vontade de pensar, me soltar, escrever: "O Amor ao ler e escrever".

Nesta parte do livro Flusser comentava que "A luxúria que se sublima no amor pela língua materna adquire o seu caráter mais radical quando essa língua for lida ou escrita". Nada mais verdadeiro.

Flusser crê que o ler e o escrever é a manifestação mais violenta e diabólica da luxúria e por isso ele resolveu dedicar todo um capítulo lindo a isso.

Segundo ele "toda a tentativa de cosmovisão é autobiográfica, mesmo quando se tenta escondê-la", embora não haja razão para esconder pois isto não é nenhum defeito!

Acredita Flusser que uma autobiografia tem um significado muito mais geral que a primeira parte da palavra –auto– implica. O que prevalece mesmo é a sílaba "bio" pois o que chamamos de "nossa experiência individual" não é algo tão característico e nosso quanto em geral acreditamos.

Em outro trecho que me calou e que transmite algo que sinto, mas que nunca havia antes percebido claramente, ele escreve "A mente inspirada pela luxúria de ler nada numa correnteza praticamente infinita de livros. Os livros são os objetos de seu desejo libidinoso" ... e lá vai ele tecendo suas considerações sobre a leitura... E eu cada vez mais apaixonada pela leitura concordo quando ele diz que a leitura é um veneno que age de mansinho, e que em pequenas doses age apenas como um estimulante: escolhemos um livro e à primeira página desse livro começa a pingar o doce veneno em nossas mentes. Abrimos a mente e deixamos passivamente nos levar pelas palavras e pensamentos do autor. Somos levados... leia-se seduzidos, passivamente pelo livro. Quando chegamos ao fim, fechamos o livro e nos sentimos desamparados... ... que instante lamentável... como o do amante que se vai. Aquem sabe seja por isso que devoramos as primeiras páginas de um livro e no finzinho queremos que renda cada vez mais... vamos lendo bem devagarinho.

Mas como leitora contumaz não fico satisfeira e pego um segundo livro: a luxúria de ler foi incentivada pela primeira satisfação obtida.

Bem... outro dia comento mais sobre o que acontece ao tomarmos nos braços... nas mãos... na mente o segundo livro.

Fico devendo!

Tuesday, June 27, 2006

Fim de semana foi a vez de ver minha Joaninha (Tchuco ou Tchucolina para os íntimos) atuando numa peça meio maluca, embora ideal para quem está estudando artes cênicas. Ela é mesmo muito boa em comédias. Uma comediante nata!
Acho gostoso que ela faça questão que eu assista as peças em que atua logo na estréia. Acho que ela se sente mais confiante sabendo que estou por perto. Como se eu pudesse fazer algo se ela der uma engasgada em cena... Depois Neal e eu fomos jantar no La Távola (uma cantina italiana ali perto, no Bexiga com um Parmegiana gostoso).

Ah... fiquei devendo dizer quem é Neal . Neal é meu marido, meu segundo marido, com o qual casei há pouco mais que oito anos. Mais adiante haverá oportunidade de contar mais sobre ele

Domingo ... ai que programa de índio... Chá de bebê da filha da Yvette, uma amiga minha de infância. Depois de conversar com umas mulheres chatas, que nada têm a ver comigo, começam aquelas brincadeirinhas de adivinhar o presente e quando não adivinha tem que pagar uma prenda. Ai ... ninguém merece... Acho que já não tenho saco para muita coisa.

*****

Ontem, iniciei minha terapia de choque. Choque mesmo, na verdadeira acepção da palavra. Nada de força de expressão. Pois é... tenho uma tensonite que agora cronificou e me acorda quase todas as noites e às vezes dói ao me levantar da cadeira e fica doendo um tempo mais. Já tentei de tudo, de fisioterapia convencional como recomendou o Isídio (meu médico), ginásticas, acupuntura e até Cabala. Uma colega minha disse que o marido dela que estava travado fez um tratamento fisioterápico à base de choques elétricos e funcionou.

Resolvi tentar. A fisioterapeuta é uma baixinha forte mas parece muito eficiente. Logo sacou que meu problema quem sabe não residisse apenas na tensonite (que de fato é branda) mas numa queda de bunda / costas que devo ter tido muitos anos atrás. Daí de fato lembrei-me de uma queda em Yosemite Park (California) bem no gelo duro e como aquilo doeu. Bem... não importa o que causou, o fato é que tenho esse problema de dores lombares que refletem no joelho e comecei o tratamento com choques elétricos.

Gente! Que horror. Dói à beça! Agora imagino o que sofriam as pessoas na década de 70 que iam parar no DOI /CODI. E isso que a voltagem mínima aplicada é mínima.. segundo a Kathy, a fisioterapieuta. Pois é... peimenta no c* dos outros não arde. Vou precisar de umas 4 a 5 sessões disso, mas a Kathy (fisioterapeuta) garantiu que a maior dor é na primeira vez e que à medida que vai melhorando o problema, vou ficando menos suscetível ao choque.

Hoje ao meio-dia teremos outro jogo do Brasil, desta vez contra Gana. Palpite? Sei lá... 3 a 2 para o Brasil... Será que sou muito otimista? Dizem que sim.
Vou acabar logo de acertar uns glossários (aproveitando que estou com menos trabalho hoje), depois vou tingir o cabelo e assistir o jogo com a Joaninha. Vamos almoçar mais cedo para não perdemos nadinha do jogo.

See you...

Thursday, June 22, 2006

Dia de jogo... Dia de pouco trabalho

Brasil X Japão. Aposto 2 a 0 para o Brasil...

Vou comprar umas cervejinhas para Neal e eu vermos o jogo. Quem sabe a Sonia Violeta venha também.

Ah... você não sabe quem é Neal e muito menos quem é a Sonia Violeta... Bem... hoje é dia de jogo e não dá para eu ficar explicando tudo. Fica para outro dia...

Fui.

Wednesday, June 21, 2006

Enquanto engatinho no mundo dos blogs farei, possivelmente, uma misturada entre o que penso, sinto, vivencio, gosto e desgosto e minhas dicas profissionais, seja para meus amigos e colegas ou para eu mesma me lembrar de coisas úteis. Quem sabe, mais adiante, eu chegue a ter dois blogs, para poder melhor separar minha vida privada da profissional. Mas, para não maçar ninguém acho que quando a coisa for principalmente profissional, vou escrever em cor diferente ou por uma figurinha que simbolize o assunto do qual estou a tratar. Viu como sou boazinha? Até facilito a vida para quem quiser pular trechos inteiros e ir diretamente para o que interessar.

Bem... mas que cor ? Que figurinha? Aí vai depender do assunto. Entenda que minha formação inicial foi em Ciências Biológicas seguida de uma esticada até as Ciências Biomédicas (Microbiologia e Imunologia). Daí... durante anos de ensino e pesquisa, como docente de Imunologia, vi a necessidade -que qualquer cientista tem (mas nem sempre enfrenta)- de adquirir mais conhecimentos de matemática e bioestatística. E não é que eu me apaixonei pelas ciências exatas e como conseqüência direta por computadores? Bem... mas como toda mulher, volúvel sou. A estatística ainda tem seu fascínio ... mas me enfadei da computação. Pois é... fidelidade nunca foi meu forte... Então, de repente, eis que tenho nova paixão! Avassaladora! Dona Tradução e tudo que a acompanha: os idiomas, a línguística, a sintaxe, as ferramentas de tradução, os diferentes registros... tanta coisa... Limitei-me até hoje às traduções técnicas nas áreas das ciências biológicas, biomédicas e seus tentáculos (como por exemplo a bioestatística, a educação das ciências biológicas, a bioquíimica, etc.).

Mas por que afirmei que pretendo compartilhar minhas dicas profissionais com amigos e colegas além de usar o blog como armazenamento das informações, como lembretes para mim mesma? Pois é... uma das coisas que tem me incomodado ultimamente é minha eterna distração e diminuição de memória. Eu costumava ter uma "memória de elefante", como se dizia antigamente. Agora ... se não fosse minha querida agenda, estaria perdida. Não...nada de agendas eletrônicas. Gosto mesmo é de escrever meus lembretes e compromissos em papel. O velho, bom e "ecologicamente incorreto" papel.

Até mais...

Tuesday, June 20, 2006


Ousar e repensar

Primeira tentativa. Será que vai dar certo?
Ainda há muito o que aprender.

Aqui você me vê e eu me vejo. Uma mulher como tantas outras, capaz de pensar e repensar, rir e e gargalhar, chorar e gritar, amar e se apaixonar ...

Pois é... Adoro ler e sempre li muito.... como diz minha filha Joana, só falta eu ler bula de remédio. Mesmo assim só agora ouso escrever e colocar no papel ( ou se preferir, na tela) o que penso, de quem gosto, de quem não gosto, do que gosto, de que poderei gostar, o que desprezo, do que tenho raiva, o que já vivi, o que quero viver e ... o que estou agora vivendo.

Devo isto também à minha filha caçula, a Bia, que vez por outra fala... "Mãe, escreve... é bom". Resolvi ver o gostinho da coisa.

Não espere grande assiduidade... mas vez por outra virei aqui seja para abrir meu coração ou simplemente para compartilhar com você e com as pessoas que amo aquilo que estiver passando por minha mente no momento da inspiração.
Até mais.