Sunday, September 24, 2006

Uma despedida em grande estilo de Londres...

Malas feitas e trancadas... e eu prontinha para ir embora... Flávia gentilmente me ajuda a descer a escada com as malas e eis que quando chego ao último degrau dos dois lances de escada torço o pé, assim sem mais nem menos, escuto um trrrrekkk e sinto uma dor lancinante. Por uma fração de segundo pensei que não ia conseguir dar mais um passo sequer... Que iria perder avião... Mas armei-me de coragem, tirada Deus sabe de onde e continuei ao encontro do táxi que me levaria para Three Rivers, onde a Ana Luiza estaria me esperando. Cheguei a Three Rivers, e Ana me levou para a casa dela, me apresentou ao Winston e ao George... dois gatões, na verdadeira acepção da palavra.


Depois do jantar e de um bom papo, Ana e o marido, Gerry, me levaram para Gatwick, donde partiria meu vôo para Lisboa e daí para Sampa. No aeroporto pude comprar uma meia imobilizadora para meu pé, tomei um ibuprofeno e isso ajudou um pouquinho.... mas só um pouquinho. Depois de longa e dolorida espera no aeroporto até poder despachar as bagagens, dirigi-me ao serviço de segurança para mostrar que não sou bandida, terrorista, traficante, não carrego nenhum líquido, maquilagem, etc... ou seja lá o que estiverem a procura de. Mal me aguentava com as dores no pé acidentado e a fila para passar pela segurança era enorme. Calculava que ficaria na fila durante pelo menos uns 45 minutos... e o pé doendo... e o pé doendo. Com tamanha dor, resolvi pedir gentilmente ao segurança que tomava conta da fila que me deixasse passar à frente e mostrei o pé inchado, explicando a situação. Resposta que me deixou boquiaberta: NO. Expliquei melhor e disse que eu estava doente! Resposta: "You stay sick in queue!" Eu não acreditei que pudessem ser tão arrogantes e inflexíveis. Pensei então em pedir para uma pessoa da fila me deixaria passar à sua frente. O homenzarrão falou em alto e bom som: NO! Berrei então bem alto mesmo, dirindo-me ao segurança e ao homenzarrão: "I always believed Brit were nice, polite and understanding people. Now I have the proof this is a myth" ... ao estilo roda a baiana... Agora vejo que a coisa foi meio temerária pois eu poderia até ter sido presa... Mas às vezes o sangue sobe à cabeça...

Bem... fui ao fim da fila onde fiquei conforme calculado uns bons 45 minuto. Mas ... a vistoria da segurança é realmente uma piada... tirei sapatos, abri o notebook... deixei a bolsa passar pela esteira de raios x... e se eu fosse uma terrorista que transforma baton em algo explosivo (como eles temem)... a coisa já estaria pelos ares, pois levei não apenas um mas sim TRÊS batons. Então para que tamanha palhaçada?

Depois da maravilhosa temporada em Londres com minha pequeninha tive de fato uma saída em alto estilo, não? ...

Tuesday, September 19, 2006

Os últimos dias em Londres com Bibinha
Tenho dedicado meus últimos dias a trabalhar umas 2 a 3 horas por dia (de forma a não ficar louca ao chegar...) mas também aproveitei bem a companhia de Bibinha e programas juntas.

Na quinta-feira, depois de comprar passagens para Three Rivers em Victoria Station e passear um bocado, fui jantar em um restaurante indiano com Bia. Eita coisa boa... Comida boa e companhia boa... quem pode querer mais?


Na sexta-feira fui ver uma exposição de jóias confeccionadas por diferentes joalheiros para a Tiffany desde 1837 até 1987. A exposição mostra as jóias por joalheiro e vi que uma das mais recentes (e bem bonitas) é a de Paloma Picasso. Interessante ver que alguns joalheiros eram fissurados em jóias sobre insetos (borboletas, em especial), outros em flores (sendo as orquídeas especialmente bonitas). Utilizando o mesmo ingresso pude visitar ainda o Gilbert Collection. Embora a exposição de jóias tenha sido maravilhosa, a Gilbert Collection me encantou ainda mais, em especial os quadros feitos com micromosaicos (cerca de 2 mm cada!) e as caixinhas de rapé utilizadas no passado. Segundo ima inscrição, um verdadeiro lorde deveria ter quase 1 caixinha para cada dia do ano. Eram caixinhas em ouro e diamantes, em pedras preciosas, em laca e pedras, em prata e pérolas, em madrepérolas, em marfim e nas mais variadas combinações e desenhos. Um mimo!

Sabadão chegou e fui com a filhota ao Globe Theatre, á beira doo Tâmisa. Trata-se da reconstrução do teatro (que havia sido incendiado e teve que ser reconstruído, tanto quanto a memória permitia) onde muitas das peças de Shakespeare estrearam, por isso também chamado Shakespeare Theatre. Joaninha teria adorado a visita. Fizemos uma visita guiada pelo teatro e foi bem interessante ver o teatro... embora o preço do “tour” tenha sido salgado para o que apresentava. Neste fim-de-semana estava havendo um festival ao longo do Tâmisa , com corridas de barcos pelo rio e inúmeras coisas acontecendo ao longo do Tâmisa. Passeamos feito loucas, mas as multidões atraídas por tantos eventos eram enormes, o que tornou o passeio muito cansativo... que pena... gostaríamos de ter ficado mais por lá... mas nem as costas, nem os pés agüentaram andar devagarinho. Gozado... cansa muito mais ficar andando devagarinho, a passos curtos, olhando aqui, parando acolá, fica de pé mais um pouquinho, do que andar a passadas largas e rápidas.

No domingo rumamos para Trafalgar Square, onde havia uma comemoração dos 350 anos da comunidade judaica na Inglaterra. Shows, danças coros... comidas judaicas. Ficamos lá um tempo assistindo tudo, comemos umas comidas judaicas que não estavam lá essas coisas, comprei uma corrente com uma estrela de David para Bibinha. Curioso observar como Bibinha vem abraçando o judaísmo cada vez mais. Passeamos um pouco mais ao longo do Tâmisa, vendo a continuação dos festejos e voltamos cansadas e felizes...

Ontem segunda-feira, depois de faxinar o banheiro, lavar as roupas de cama, passar um aspirador no quarto de Bibinha ( que por enquanto é meu...) e arrumar a mala com o que não mais vou usar, decidi visitar o Tate British Museum, dedicado exclusivamente a pintores ingleses, havendo uma ala exclusiva para Turner. Uma beleza.

Hoje, resolvi ter um dia calmo. Estou escrevendo para vocês.... depois vou trabalhar um pouco e mais adiante devo fazer um passeio a pé, mas não longe daqui. Amanhã rumo para a casa de Ana Luiza (que é perto de Gatwick) e na madrugada devo pegar o vôo para Portugal e de lá para á velha (ma non troppo) Sampa...

Até lá!

Thursday, September 14, 2006

Um dia em Kingston e uma tarde no palácio de Buckingham

Na terça-feira acompanhei Bibinha ao hospital, para ela fazer um exame de sangue (coisas de rotina). Ah.... quem me dera que os hospitais públicos brasileiros fossem assim... Moderno, limpo, sem confusões. Aqui sabemos para onde vai o imposto de renda pago pelos cidadãos... Estou cada vez mais com vontade de deixar o Brasil. Se Lula vencer, esta poderá ser a melhor opção para nosso futuro.

Depois seguimos para Kingston, que é uma belezinha de cidade, bem vizinha a Londres. Vi o lugar onde Bia trabalha e depois fui passear pela cidade. Uma longa parada no Primark, onde comprei um presente para minha mãe e coisas para mim. Preços de banana! Podem imaginar um suéter de lã boa para minha mãe por 5 libras (cerca de R20,00)? Calcinhas para mim por 1 libra? Um suéter para Bia por R$ 6 libras, e assim por diante?

A seguir um longo passeio ao longo do Tâmisa... e voltei para me encontrar com Bia. Voltamos para casa e pronto!

Ontem, quarta-feira, como vi que meus clientes já estão reservando horários resolvi trabalhar um pouco antes de sair, de forma a ter um tempo livre no Brasil para resolver o problema do roubo do carro ... Mais uma vez... Brasil....

Depois me encontrei com Ana Luiza e uma amiga dela e visitamos o Buckingham Palace, aberto para visitantes e com uma exposição das roupas e jóias reais! Passeamos depois pelos magníficos e imensos jardins do palácio. Valeu!

Aguardem mais notícias a qualquer momento...

Monday, September 11, 2006

E quem disse que não faz calor em Londres?


Aproveitando o calorão que desanima sair a qualquer lugar, vou atualizar vocês um pouco mais e com roupas as mais sumárias possíveis. Na sexta-feira fui a Camden Town (um bairro em área ao norte do centro de Londres). Uma passadinha no Camden Market e outra no Camden Lock Market, tomou-me a tarde toda. O turista desavisado não deve confundir as duas áreas. Candem Market é um mercadinho que vende roupas baratas e é dirigida basicamente a turistas. Já o Lock Market tem coisas mais interessantes, com artesanatos locais, brechós, comidas típicas e objetos de todos os países (... inclusive sandálias havaianas - as legítimas! – brasileiras, a preços escandalosamente altos).


No sábado de manhã, gloriosamente ensolarado, Flávia, Bibinha e eu pegamos um barco em Westminster, ao som das badaladas do Big Ben, e descemos o Tâmisa, em direção a Greenwich. Que passeio lindo! Vimos todas as pontes do trecho, os edifícios, todos comentados por um membro muito engraçado da tripulação. Descemos em Greenwich, conheci antigos “house mates” de Bia e depois fomos almoçar. Depois percorremos o Mercado de Greenwich que tem artesanatos lindos mesmo! Muito melhores que os de Candem Town. Quem quiser artesanatos bonitos, bem bolados, embora não muito baratos, vá a Greenwich. Em seguida passeamos um pouco no parque e é lógico que tivemos que tirar umas fotos no famoso relógio de Greenwich, com um pé no ocidente e outro no oriente do planeta... Muito original.... Visitamos o telescópio, mas já estávamos tão cansadas que resolvemos não ver o Museu Naval, que pelo que ouvi falar, acho que Neal adoraria!

Chegamos à Oxford Street, tomamos um café e rumamos para ver Sinatra! Quanta expectativa! Eu que acho Sinatra um dos homens mais charmosos do planeta estava ultra ansiosa para vr um belo musical sobre a vida de Sinatra... pontuada com suas canções! Mas... o musical em si foi um pouco decepcionante. Deu-me a impressão de coisa para turista e um pouco de picaretagem. Combina fotografía, dança e música, mas só mostra Sinatra no telão, com excelentesa truques fotgográficos. Ei esperava um baitra cantor fazendo o papel de Sinatra... e metgade do espetáculo fica-sze a ver o telão... All the way? No... no way...

Domingo foi um dia que começou tarde... domingão que começou com gostinho de preguiça... Muito calor! Bibinha, Flávia e eu fomos a Kew Gardens. É o Senhor Parque-Jardim. Apesar do adiantado do verão ainda havia rosas, além de flores da temporada, como begônias. Visitamos inicialmente o Palm House, uma estrutura de vidro que contém a recriação de diferentes florestas tropicais. Passeamos um tempão no Princess of Wales Conservatory, composto por vários zonas com diferentes microclimas, começando por plantas de deserto, até climas ultra-umidos onde havia uma ninféia amazônica gigante, Aloe vera e várias plantas carnívoras. Aproveitamos que Flávia é uma ecologista e aprendemos mais um pouco com ela.

Depois de uma lanchinho por lá mesmo, as meninas compraram vasinhos com ervas para a casa delas e voltamos.... mais uma vez exaustas... Estava ainda muito calor mesmo no fim da tarde...


Nesta segunda-feira de manhã está um calor do cão aqui em Londres e decidi ficar mais tempo em casa. Já faxinei o quarto de Bibinha e resolvi lavar minhas roupas de verão que acreditava eu só iria usar em Portugal. Melhor lavar rapidinho! Vai fazer calor nos próximos dias e vou precisar dessas roupas, e arquivar na mala as de meia-estação ou de frio. Vou aproveitar o dia de hoje para ficar quieta por aqui... continuar a ler (pela segunda vez) “O Apanhador npo Campo de Centeio”de Salinger... Excelente companhia para um dia como hoje...

Saturday, September 09, 2006

Algumas de minhas peripécias desta semana... Só algumas... quase impossível contar tudo
Na segunda- feira rumei para Leicester Square (onde é possível comprar ingressos de teatro mais barato) para comprar ingressos para ver Sinatra. Comprei... ou melhor... acho que comprei... vejam mais adiante o que aconteceu ... Depois fiz um passeio pela região de Leicester Square, o pedaço de Londres onde há mais teatros por metro quadrado que já vi em minha vida. Por outro lado, por ser uma região com muitos turistas, é muito americanizada, pois só havia Burger King, Pizza Hut, Starbook Café, Friday’s, e todo a parafernália de restaurantes norte-americanos. Estiquei minha caminhada até Picadilly Circus (onde fica a famosa estátua de Eros), uma caminhada por Picadilly Road, uma rua cheia de “archades” centenáriaa e podres de chique, e depois, de volta fui a Covent Garden.
Covent Garden é uma região muito interessante. Lá acontece todos os dias um mercado de antiguidades, de objetos usados e de artesanato. No mesmo pátio do mercado, artistas mostram seus talentos: comediantes, cantores... enfim... é diversão para uma tarde inteira.

Voltei para casa exausta e como sempre feliz. Bibinha chegou e depois Flávia e eu acompanhamos Bia e assistimos o treino de natação dela. Apesar de ter ficado um tempo sem nadar, ela continua ultra em forma! Até o treinador dela (um bonitão) comentou isso!


Terça-feira, 6 de setembro – Havia decidido andar pouco pois sabia que iria ao teatro à noite e queria ter um dia mais calmo. Fiquei em casa pela manhã e tive a experiência de lavar o banheiro, coisas que não fazia há muitos anos... Pois é, no primeiro mundo temos que abrir mão de certas regalias do terceiro...

Decidi que iria apenas a Brick Lane, uma área tipo Bom Retiro, onde também no passado era reduto de judeus e se tornou uma área de exposição de novos estilistas, ainda sem fama, por isso com precinhos “acessíveis” (digo isto entre aspas por ser acessível do ponto de vista dos britânicos). Peguei o metrô para Whitechapel, onde pretendia trocar de linha para ir até a estação segunte, Shoreditch, que fica na boca de Bricklane. Desci em Whitechapel e qual não foi minha surpresa ao ver um cartaz que a linha para Shoreditch estava desativada. OK... vamos a pé e aproveitarei para saber ocomo é Whitechapel. Ao sair da estação do metrô, vi que havia aterrisado na terra dos muçulmanos! Havia um mercado bem em frente que vendia aquelas roupas de muçulmanos e indus. Um festival de cores, mas como praticamente não havia pessoas brancas por lá... decidi andar rapidinho até Brick Lane. Uma baita caminhada... Lá chegando reparei que as primeiras quadras de Brick Lane são ainda de muçulmanos, muitos de Bangladesh. Inúmeros restaurantes, por sinal com aparência limpíssima, oferecendo comida típica da Índia e de Bangladesh. Infelizmente ainda não estava com fome, caso contrário teria experimentado. À medida que caminhava por Brick Lane, e a partir de uma antiga cervejaria que lá existe, começa a parte mais estilo Bom-Retirense. Havia coisas interessantes, mas apenas para mocinhas e bem magrinhas ... Nada para uma sessentona manequim 44-46... Após Bricklane encaminhei-me para o metrô em Liverpool Station, pois não vi nenhum ônibus que fosse para as bandas que eu conheço.

Já que estava no metrô que passaria por Notting Hill, desci ali e dei uma voltinha. Como estivesse cansada resolvi voltar para casa. Li um pouco, cochilei mais um pouco e então Bia chegou para irmos ao teatro... ver Sinatra.... ao menos foi isso o que planejamos.


Dirigimo-nos então a Leicester Square para assistir o mjusical sobre a vida de meu cantor preferido. Antes fomos jantar num restaurante Thai em Leicester Square. Que delícia de comida! Mas ... de repente... eu comecei a sentir uma baita coceira na garganta e Bia começou a esfregar o narizinho que estava coçando. Nós duas começamos a tossir e TODAS AS PESSOAS DO RESTAURANTE TAMBÉM. Foi hilário. Por que? Porque o casal na mesa ao nosso lado pediu um prato com algo “spicy” que fez todo mundo começar a tossir compulsivamente. Parecia uma comédia. Após o jantar nos dirigimos ao teatro...e quando lá chegamos, seguindo o mapinha que dão para a gente ao vender os ingressos .... era o teatro onde estava passando C hicago! Eu havia comprado errado. Em vez de Sinatra comprei Chicago. Dá para vocês sacarem o porque disso? Porque uma das músicas mais famosas de Sinatra é Chicago... e aí... para eu errrar foi uma palavra só... Bem, de qualquer forma assistimos a Chicago e valeu a pena mesmo!!! ESPETACULAR. A artista que faz o papel de Roxy é uma ruivinha que lembra MUITO a Joaninha. Uma comediante nata!

Na quarta-feira, não tive dúvidas. Voltei a Leicester Square e comprei os ingressos para assistirmos Sinatra no sábado.


Quinta-feira – Minha colega tradutora e amiga, Ana Luiza me ciceroneou por um bando de lugares, a maior parte não muito visitados por turistas. Inicialmente fomos à região dos “Inns of Court”, a região das cortes, leis e advogados, com edifícios do século XV. Há advogados e advogadas por todos os lados. Livrarias sobre direito, roupas apropriadas para advogados e até as perucas que eles ainda usam na corte.

Na mesma região visitamos Temple Church, construída pelos templários no século XIII e que hoje faz parte do roteiro turístico do Código da Vinci...

Visitamos ainda a St. Bride’s Church, a igreja dos dedicados às letras, em cuja cripta há resquícios de igrejas anteriores, que ali existiram. Foi nessa região, em especial na Fleet Street, que teve o início da imprensa britânica e onde os primeiros jornais e editores se instalaram. Almoçamos em um pub muito interessante, que havia sido um banco. O porão, onde ficam os banheiros, era o local dos cofres! Realmente vale a pena visitar esses banheiros.

Nessa mesma região visitamos o Sir John Soane’s Museum. Uma casa inacreditável! Soane foi um famoso arquiteto (ele projetou o prédio do Bank of London) e legou sua casa à nação, com a condição de que nada poderia ser alterado. Ele foi um catador de obras de arte, excentricidades, utilidades e inutilidades. A casa está literalmente forrada de obras de arte, das mais variadas origens. O prédio em si já vale a visita, com suas clarabóias por onde a luz é filtrada das formas as mais surpreendentes. Cheia de surpresas, como por exemplo uma porta coberta por um quadro e que se abre para outro quadro. No chão do porão está um enorme sarcófago egípcio.

Depois de tudo isso, nada mais justo que tomarmos um bom café com bolo. Fomos ao Nero Café (uma rede conhecida de cafés), pedimos dois cafés e duas fatias de cheese cake, e começamos a nos deliciar enquanto continuamos nossos papos. De repente vejo Ana se levantar rapidamente e olhar ao seu redor pelo chão.... a bolsa dela havia sumido. Logo em seguida ela bateu com os olhos na bolsa, já no chão, debaixo da mesa ao lado. Ela calmamente disse “Sorry , this is my bag” enquanto o cara da mesa ao lado saia rapidinho do café. Pois é, em terras da rainha também temos que ficar atentos às bolsas e bolsos....

Depois do episódio vimos como os ricos vivem, dando uma passada em Fornum & Mason, uma das lojas mais exclusivas de Londres, dedicada apenas a objetos de decoração de casa e artes. Passeamos a seguir mais um pouco, atravessando o St. James Park e em seguida o Green Park, passamos em frente ao Palácio de Buckingham e rumamos para Victoria Station. Mais uma passadinha na seção de “groceries” do Marks & Spencer...e nos despedimos para um novo encontro na semana que vem. Cansada e feliz.

Encontrei Bibinha e decidimos comer com Flávia no Mamagawa, deliciosa rede de comida oriental. Quem sabe a melhor comida oriental que já experimentei em minha vida, por um preço razoável.

Vou deixar para contar o fim de semana mais adiante.

Friday, September 08, 2006

Primeiros dias de muita felicidade em Londres!

Quem disse que a melhor cidade do mundo é Paris ou New York ou Rio de Janeiro? Ledo engano. Cidade interessante, bonita e que dá gosto viver é LONDRES. Estava certo Caetano Veloso ao escrever a música London London, reverenciando essa cidade.

Bem, vamos às peripécias.

Na quarta-feira passada (dia 30 de agosto) acordei me sentindo um lixo. Tomei um chuveiro para afastar os vírus e os maus espíritos, preparei um café para nós três e resolvi acompanhar Flavia até a estação de metrô mais próxima, para, ao menos, aprender como começar a me virar. Aprendi onde fica o supermercado e a farmácia (Boots) mais próximos e comprei um Oyster (um cartão que permite andar de metrô ou ônibus quanto quiser durante uma semana, e sai mais barato que comprar cada passagem individualmente, além de ser mais rápido pois não é necessário comprar um ticket para cada viagem).

Pela manhã então fiz umas compras para a casa no supermercado e no Boots (toneladas de lenços de papel...). Aí vi que embora deliciosa, a vida de Bibinha não é tão fácil assim.... Pegar o metrô e voltar para casa carregando algumas sacolas de supermercado não é mole... e para quem já estava mole, pior ainda.

Cheguei em casa, guardei as coisas e resolvi ficar quietinha e ao abrigo das intempéries, ao menos durante a maior parte do dia, e cuidar do resfriado. Um cliente havia me procurado para fazer um pequeno trabalho e eu havia aceitado para entrega na sexta-feira. Resolvi pois aproveitar que estava de molho e que não seria aconselhável sair, para adiantar quase a metade do trabalho. Pois é... se a vida te dá um limão... façamos uma limonada!

Almocei em um restaurantezinho italiano simpático em frente da casa de Bia. Comida boa, precinhos salgados para nós, pobres mortais que ganham em reais ou mesmo em dólares... Tenho que me acostumar a não pensar em reais, pois se assim for, não faço nada!

Fui dormir exausta... Bia havia decidido dormir com Flávia e me deixar sozinha no quarto dela, não só para não pegar meu resfriado, mas principalmente, creio eu, para fugir de meus roncos... Mas... eis que Bibinha me acorda, vindo com os olhos esbugalhados e o telefone na mão e meu coração já havia saltado pela boca apesar de ela falar “Mãe, não aconteceu nada... não aconteceu nada... mas seu carro foi roubado e é a Joaninha no telefone”. Joaninha, minha pequena toda nervosa... desesperada e sem saber que eu estava calma, surpreendentemente calma. Provavelmente eu me sentia tão miserável com o resfriado e ao mesmo tempo tão aliviada em saber que era apenas um problema material e que seria ressarcida pelo seguro, que nada me abalou. Demorei para dormir, mais preocupada com o nervosismo de Joaninha que com o roubo do carro propriamente dito. Na realidade, como estava pensando em viver sem carro mesmo, ao chegar no Brasil trato da papelada frente ao seguro, espero a grana, aplico-a e tento um novo “modus vivendi”.


Na quinta feira, 31 de agosto, acordei ainda bem resfriada e resolvi ficar em casa de manhã. Acabei o trabalho para meu cliente nos EUA e só. Almocei em casa mesmo e depois que a Flávia chegou, fomos para Somerset House.

Trata-se de uma construção belíssima do século XVIII com um enorme pátio interno donde brotam dezenas e dezenas de fontes de água. Ali estavam crianças a brincar de maiô... OMIGOD, só crianças inglesas para estar de maiô com aquela temperatura. Não que estivesse frio... mas também não estava quente o suficiente para deixar crianças brincando naquela água gelada. No inverno congelam aquele pátio para as pessoas patinarem no gelo. Teria valido a pena o passeio se fosse só para ver o prédio. Somerset House abriga o acervo do Courtauld Institute of Art, a Gilbert Collection e o Hermitage Rooms. Escolhemos ver a Galeria de arte do Courtald.


Gente... que beleza de arrepiar. O forte da Courtald são os impressionistas embora também haja alguns pós-impressionistas como Kandinski, Leger e um tal de Oscar Kokoshka, que nunca vi antes e também não faria falta. Lá ficamos horas a fio vendo Monet, Manet, Pissaro, Toulouse-Lautrec, algumas das bailarinas de Degas, Cézanne, e o famoso retrato auto-retrato de Van Gogh com Orelha Enfaixada. Pretendemos voltar lá para ver o acervo da Gilbert Collection (artes decorativas) e que, no momento também expõe jóias da Tiffany datadas desde 1837. Voltamos para casa. Flávia ia sair com um amigo e Bia e eu decidimos nesse dia jantar em um restaurante chinês que também serve comida tailandesa... deliciosa!


Na sexta-feira, eu já me sentia bem melhor do resfriado e decidi pegar um metrô logo de manhã para ir ao Science Museum. O Science Museum fica numa área em que há vários museus, inclusive o de História Natural e o Victoria & Albert Museum. Todos em prédios lindíssimos do século XVIII, creio eu.

Apesar da criançada e das avós que as acompanham e insistem em explicar tudo alto a seus netinhos, valeu a visita ao Science Museum. É enorme e só me foi possível ver bem o terceiro, o quarto e o quinto andares, mais voltados para medicina e ciências biológicas. Muito bonita a exposição sobre a história da medicina. Dei ainda uma corridinha pela área de computação e matemática. Ali vi toda a trajetória da computação, desde os primeiros computadores enormes. Foi engraçado observar que os especialistas daquela época se vangloriavam do tamanho dos computadores (o computador naquela época deveria ocupar cerca de 30 metros quadrados!) e de sua “espantosa” velocidade de cálculos, o que para nós é feito até por calculadoras de bolso. Passei depois na lojinha do museu onde continuei a me divertir e tive que me conter para não comprar um monte de coisinhas interessantes. Comprei um gadget para Neal ( ele é louco por gadgets) . Para mim, compre dois panos de limpeza ecológicos bárbaros. Evitam o uso de substâncias químicas de limpeza. Basta umedecer e voilá... tudo pode ser limpo com esses paninhos. Vou deixá-los em meu escritório para limpar computers e o que mais for necessário. Depois do museu, passei ainda no supermercado para encher um pouco mais nossa geladeira. Quando cheguei em casa (pois é quase sinto que também é minha casa!) passei um aspirador no quarto de Bibinha e dei uma limpada na cozinha e no banheiro com o famoso paninho. E não é que funciona às 1000 maravilhas ?
Quando Bibinha chegou do trabalho, preparei um jantarzinho para nós duas e ficamos quietinhas em casas, lendo e vendo TV... Conforme o sotaque de quem fala na TV tenho dificuldades em entender. Esse negócio de falar “plice” para “place” e coisas assim, além de expressões locais me confundem bem.

Fui dormir cedo... cansada e feliz por ver tantas coisas interessantes.


Sábado, dia 2 de setembro... tempus fugit! Já estamos em setembro. Acordei com uma recaída do resfriado e uma baita enxaqueca. Imediatamente pensei “Merda! Justo no sábado que eu pretendia passear com Bibinha!”. Mesmo assim me levantei, tomei um bom chuveiro, um Tylenol, um café forte e como me senti então ligeiramente melhor resolvemos sair assim mesmo. Pegamos o metrô, descemos em Charing Cross e loguinho ao lado estava tendo uma baita liquidação de sapatos. Lógico que Bibinha e eu não resistimos. Eu comprei um sapato marinho e gelo lindinho que me custou apenas 7 libras e Bibinha um sapato italiano marron para trabalho por 12 libras. Nem no Brasil compraríamos por esse preço. É que aqui, quando há liquidação os preços são realmente bem baixos. Há estações definidas e assim ao término de uma estação eles renovam tudo mesmo. Não é como em SP que faz calor em julho e frio em dezembro... Saimos da loja felizes da vida com nossas novas aquisições e rumamos para Trafalgar Square.

Em Trafalgar Square estava acontecendo um festival em prol de instalações, mecanismos de facilitação da vida e trabalho para deficientes. É admirável como eles tentam apoiar e facilitar a vida dos deficientes. Seria bom se no Brasil houvesse essa mesma preocupação Fomos visitar então a igreja de St. Martin-in-the-Fields, uma igreja do século XVIII, muito linda e sem os rococós das igrejas católicas.

Depois descemos à cripta da igreja, onde havia uma lojinha e onde Bibinha comprou uma lembrancinha para o pai.... e meu presente de aniversário. Um lindo conjunto de caneta tinteira (à moda antiga, em que você coloca a pena que quiser) com penas e tinta. AMEI!!

Encontramos então com uma amiga de Bia, e rumamos as três para a National Gallery. Lá... almoçamos e tomamos mais um delicioso banho de impressionistas, com direito aos famosos girassóis de Van Gogh e sua memorável Cadeira Amarela, pontilhismos de Seurat (maravilhosos), além de pintores ingleses – óbvio – como Turner. Saímos de lá exaustas mas em estado de graça...

Resolvemos ainda percorrer Charing Cross Road, a rua das livrarias de Londres. Aquilo é de deixar qualquer um louco. Imaginem que há livrarias que vendem EXCLUSIVAMENTE livros sobre casos verídicos de crimes! Outras que vendem só livros policiais e de terror. Outras, só arte e nada mais. Isso sem contar com as enormes livrarias gerais, como a Foyle`s, que durante muitos anos foi a maior livraria do mundo, mas acho que agora é apenas uma livraria muito grande... mas não a maior do mundo.

Lá, Bia e eu ficamos horas fuçando nos livros. Fui para a seção de livros sobre artesanato e anotei os títulos de todos os que me interessaram, para encomendar da Amazon, usando os vale-presente que minha sogra e cunhados me mandaram de presente de aniversário. Vai ser uma maravilha! Fomos a outra livraria (Soho Book Store) que vende livros a preços irrisórios. São livros novos, mas seus preços são muito inferiores aos impressos na contra capa por terem pequenos defeitos, como por exemplo uma borda com uma manchinha ou um arranhão leve na capa. Lá Bibinha achou um livro ultra-interessante para dar para o pai... e eu comprei um outro para o Neal. Adivinhem o que havia no andar de baixo da livraria ? Uma sex shop! Que mistureba... cultura e sexo.

Depois desse sábado bem agitado resolvemos ter um domingo mais tranquilo. Logo de manhã fomos para Richmond, um subúrbio “posh”de Londres. Visitamos o local e notei que as casas dos ricos ingleses são muito diferentes do que vemos no Brasil ou nos EUA. Como o país é pequeno, o preço do centímetro quadrado é muito alto e por isso os jardins das casas são praticamente inexistentes ou inexistentes mesmo. Isso jamais aconteceira em um bairro de classe A no Brasil ou nos EUA, com suas dimensões continentais. Para contrabalançar o parque de Richmond é ENORME. Calculo umas 20 vezes maior que o Ibirapuera. Andamos, andamos e andamos durante várias horas e não conseguimos cobrir sequer 1/5 do parque. Tem um estilo de fazendão, com vegetações as mais variadas, animais soltos pelo parque e chegamos a ver grupos enormes de veados. Mas enormes mesmos. Atravessavam as ruelas e todo mundo tinha que deixá-los passar. Um deles, que liderava uma fila de veados, começou a andar bem devagarinho, como se estivesse desafiando os carros que queriam andar pelas ruelas. Era uma veadagem de dar gosto...

Mais... muito mais notícias em breve... Hora de sair e aproveitar o frio banhado pelo sol do verão londrino

Thursday, September 07, 2006

Diário de viagem

Do Brasil... direto para o Hotel D. Manuel em Lisboa. Cheguei exausta. Um descanso e a espera ansiosa para encontrar com Bia. Finalmente ela chegou (um pouco atrasada pela palhaçada do aeroporto de Heathrow o que redundou em atraso no vôo. Quando nos vimos a alegria foi tão grande que não conseguíamos parar de pular uma em frente da outra, como duas adolescentes.

Bibinha e eu tivemos férias fabulosas em Portugal!

Lisboa é linda ... as vielas pitorescas, os castelos antigos (aqui se respira história), as vistas que temos em cada curva das ruas e dos castelos, o Tejo se encontrando com o mar... inesquecível.

Ah... a comida é deliciosa, mas a inteligência portuguesa é, de fato, antológica.
Logo no segundo dia em que esávamos em Lisboa, uma portuguesa gorda praticamente sentou no colo da Bia, porque o "elétrico" (que é o bonde deles) estava cheio. Bia tentou cutucar a bunda dela.... mas sem muito sucesso.


No sábado fomos visitar o Castelo de São Jorge, que fica na colina mais alta de Lisboa; lá há construções fenícias, romanas e muçulmanas. Há vestígios de construções do século VI AC! Em certo momento entramos em um átrio, em cuja entrada estava um inglês a tocar música renascentista que nos perseguiu por quase todo o Castelo. Lá dentro, um teatro ao ar livre e no momento está sendo exibido um Festival Internacional de Máscaras e Comediantes.

Tentamos ver o Castelo de Belém, mas chegamos tarde demais e só pudemos ver por fora. Mesmo assim valeu. Fica bem na foz do Tejo, de onde partiram as naus de Américo Vespuccio para a descoberta das Américas. Vista inesquecível!

Os dois dias que se seguiram foram, mais uma vez maravilhosos. No domingo, passamos o dia nas praias da região. Fomos primeiramente a Cascais, lá pegamos duas praias (água gelada!!!!) e passeamos pela cidadezinha. As praias são bonitas, mas não se comparam às nossas. Na primeira praia visitada, vejam só, havia um concurso de natação de cães... Eram todos de uma raça chamada "Portuguese Water Dog" e quem nos informou isto foi a dona de um dos cães, que era inglesa.. acabo de ver que o nome da raça em portugês é... é.... é... quem adivinha? ... é.... tchan tchan tchan tchan... cão d’água português. Cascais é sem dúvida uma "Guarujá" lusitana. Em seguida fomos caminhando até a cidade vizinha, Estoril, outra pequena cidade de gente bem abonada. Lá fica o maior Cassino da Europa. Depois fomos a um terceira cidadezinha praiana, Carcavelas (que eu insisitia em chamar de Carcarejos; essa estava mais para Praia Grande... com farofeiros e tudo o que tínhamos direito: choro de criança, berros de uns africanos (falando um idioma que não entendíamos patavina...) além de brasileiros, que é o que mais tem aqui em Portugal. À noite, foi difícil achar algo aberto. Tudo fecha aos domingos em plena capital de Portugal! Finalmente encontramos um restaurante aberto...


Hoje fomos a Sintra. MARAVILHOSA. Sintra é uma pequena cidade, nas montanhas, cheia de ruazinhas tortuosas, fresquinha e com cheiro de plantas por todo o lado. Antiquíssima, com construções e castelos que datam dos muçulmanos e mouros. Inicialmente visitamos o Palácio de Sintra que era o castelo de refúgio de verão dos reis de Portugal. Almoçamos como rainhas e depois fomos para o Castelo dos Mouros, bem no alto da montanha. Bia e eu bobeamos e começamos a subir a pé a estrada que leva ao alto, em vez de pegarmos o “autobus”, achando que era pertinho. Gente! Que caminhada íngreme! Subimos e subimos e subimos durante duas horas. Finalmente, chegamos ao Castelo e a vista de 360 graus que de se descortinava pagou qualquer preço. Vista de todo o vale, chegando até à costa.


No último dia que passamos em Lisboa (terça-feira, dia 29 de agosto) , fizemos um passeio ao Parque das Nações, situado na parte mais oriental da cidade, margeando o Tejo. Esta é uma nova Lisboa: moderna, rica e ali aconteceu a Expo 98. Fica perto da nova ponte Vasco da Gama. Fizemos um passeio ao longo do Tejo e ao longo de jardins em estilo ultra-moderno. Pegamos um teleférico que nos permitiu ter uma visão geral do complexo. Fazia um calor medonho nesse dia. Mesmo assim nos armamos de coragem, descemos do outro lado e voltamos caminhando... e suando... Paramos numa feira que acontece todo o verão, com barraquinhas de diferentes países e comnprei um presentinho da África do Sul para Joaninha.

A seguir, rumamos para o Hotel, arrumamos as malas e fomos para o aeroporto.
Quem quiser ver fotos de nossa viagem a Portugal, vá para .... não.. não .... não é o que vocês estão pensando... o site onde bibinha coloca fotos.


Bem... naquela mesma noite de terça–feira, dia 29 de agosto, aterrisamos em Londres... Malfadada chegada. Filas imensas, em vários zigue-zagues, para mostrar a documentação. Todas as pessoas ao nosso redor de mau humor. Bibinha preocupada pois no dia seguinte deveria acordar cedo para ir ao trabalho... e sabem como é... o primeiro dia de trabalho após uns dias de féiras sempre é atabalhoado. Eu ensaiando um resfriado e ficando meio mole... Após passarmos pela imigração, pegamos nossas malas, que por sorte estavam passando na esteira de malas exatamente no momento em que chegamos ao “baggage claim”, e imediatamente rumamos para a estação de metrô de Heathrow. Mas qual não foi nossa surpresa ao batermos com a porta na cara. Um grande aviso dizendo que por “problemas técnicos” os trens de Heathrow não estavam funcionando. Pois é... em terras civilizadas essas coisas também acontecem... Daí bateu o desespero pois se voltássemos de trem para pegarmos um metrô na cidade, a rede de metrô para casa já teria fechado. Nisto surgiu do além um motorista de táxi paquistanês já com um freguês e perguntou se queríamos rachar a viagem com o freguês. Sairia 35 libras para nós duas e outro tanto para o freguês que estava indo para não muito longe da casa de Bibinha. Fizemos as contas e achamos que seria a única solução viável...

Chegamos em casa sãs e salvas... e exaustas. Mas... mesmo assim deu para eu ver como era gostosa a casa de Bibinha. Um amor. Toda clarinha. Mais parece uma casa de bonecas Pequeninha mas muito ajeitada. A “flat mate”de Bia, a Flávia, foi ultra-simpática e queria nos agradar de qualquer maneira... mas eu estava tão mole, já com o resfriado, que só queria deitar e dormir.
Pobre Bibinha... como eu estava resfriada eu ronquei ainda mais que o usual... e ela não dormiu bem.