Thursday, September 07, 2006

Diário de viagem

Do Brasil... direto para o Hotel D. Manuel em Lisboa. Cheguei exausta. Um descanso e a espera ansiosa para encontrar com Bia. Finalmente ela chegou (um pouco atrasada pela palhaçada do aeroporto de Heathrow o que redundou em atraso no vôo. Quando nos vimos a alegria foi tão grande que não conseguíamos parar de pular uma em frente da outra, como duas adolescentes.

Bibinha e eu tivemos férias fabulosas em Portugal!

Lisboa é linda ... as vielas pitorescas, os castelos antigos (aqui se respira história), as vistas que temos em cada curva das ruas e dos castelos, o Tejo se encontrando com o mar... inesquecível.

Ah... a comida é deliciosa, mas a inteligência portuguesa é, de fato, antológica.
Logo no segundo dia em que esávamos em Lisboa, uma portuguesa gorda praticamente sentou no colo da Bia, porque o "elétrico" (que é o bonde deles) estava cheio. Bia tentou cutucar a bunda dela.... mas sem muito sucesso.


No sábado fomos visitar o Castelo de São Jorge, que fica na colina mais alta de Lisboa; lá há construções fenícias, romanas e muçulmanas. Há vestígios de construções do século VI AC! Em certo momento entramos em um átrio, em cuja entrada estava um inglês a tocar música renascentista que nos perseguiu por quase todo o Castelo. Lá dentro, um teatro ao ar livre e no momento está sendo exibido um Festival Internacional de Máscaras e Comediantes.

Tentamos ver o Castelo de Belém, mas chegamos tarde demais e só pudemos ver por fora. Mesmo assim valeu. Fica bem na foz do Tejo, de onde partiram as naus de Américo Vespuccio para a descoberta das Américas. Vista inesquecível!

Os dois dias que se seguiram foram, mais uma vez maravilhosos. No domingo, passamos o dia nas praias da região. Fomos primeiramente a Cascais, lá pegamos duas praias (água gelada!!!!) e passeamos pela cidadezinha. As praias são bonitas, mas não se comparam às nossas. Na primeira praia visitada, vejam só, havia um concurso de natação de cães... Eram todos de uma raça chamada "Portuguese Water Dog" e quem nos informou isto foi a dona de um dos cães, que era inglesa.. acabo de ver que o nome da raça em portugês é... é.... é... quem adivinha? ... é.... tchan tchan tchan tchan... cão d’água português. Cascais é sem dúvida uma "Guarujá" lusitana. Em seguida fomos caminhando até a cidade vizinha, Estoril, outra pequena cidade de gente bem abonada. Lá fica o maior Cassino da Europa. Depois fomos a um terceira cidadezinha praiana, Carcavelas (que eu insisitia em chamar de Carcarejos; essa estava mais para Praia Grande... com farofeiros e tudo o que tínhamos direito: choro de criança, berros de uns africanos (falando um idioma que não entendíamos patavina...) além de brasileiros, que é o que mais tem aqui em Portugal. À noite, foi difícil achar algo aberto. Tudo fecha aos domingos em plena capital de Portugal! Finalmente encontramos um restaurante aberto...


Hoje fomos a Sintra. MARAVILHOSA. Sintra é uma pequena cidade, nas montanhas, cheia de ruazinhas tortuosas, fresquinha e com cheiro de plantas por todo o lado. Antiquíssima, com construções e castelos que datam dos muçulmanos e mouros. Inicialmente visitamos o Palácio de Sintra que era o castelo de refúgio de verão dos reis de Portugal. Almoçamos como rainhas e depois fomos para o Castelo dos Mouros, bem no alto da montanha. Bia e eu bobeamos e começamos a subir a pé a estrada que leva ao alto, em vez de pegarmos o “autobus”, achando que era pertinho. Gente! Que caminhada íngreme! Subimos e subimos e subimos durante duas horas. Finalmente, chegamos ao Castelo e a vista de 360 graus que de se descortinava pagou qualquer preço. Vista de todo o vale, chegando até à costa.


No último dia que passamos em Lisboa (terça-feira, dia 29 de agosto) , fizemos um passeio ao Parque das Nações, situado na parte mais oriental da cidade, margeando o Tejo. Esta é uma nova Lisboa: moderna, rica e ali aconteceu a Expo 98. Fica perto da nova ponte Vasco da Gama. Fizemos um passeio ao longo do Tejo e ao longo de jardins em estilo ultra-moderno. Pegamos um teleférico que nos permitiu ter uma visão geral do complexo. Fazia um calor medonho nesse dia. Mesmo assim nos armamos de coragem, descemos do outro lado e voltamos caminhando... e suando... Paramos numa feira que acontece todo o verão, com barraquinhas de diferentes países e comnprei um presentinho da África do Sul para Joaninha.

A seguir, rumamos para o Hotel, arrumamos as malas e fomos para o aeroporto.
Quem quiser ver fotos de nossa viagem a Portugal, vá para .... não.. não .... não é o que vocês estão pensando... o site onde bibinha coloca fotos.


Bem... naquela mesma noite de terça–feira, dia 29 de agosto, aterrisamos em Londres... Malfadada chegada. Filas imensas, em vários zigue-zagues, para mostrar a documentação. Todas as pessoas ao nosso redor de mau humor. Bibinha preocupada pois no dia seguinte deveria acordar cedo para ir ao trabalho... e sabem como é... o primeiro dia de trabalho após uns dias de féiras sempre é atabalhoado. Eu ensaiando um resfriado e ficando meio mole... Após passarmos pela imigração, pegamos nossas malas, que por sorte estavam passando na esteira de malas exatamente no momento em que chegamos ao “baggage claim”, e imediatamente rumamos para a estação de metrô de Heathrow. Mas qual não foi nossa surpresa ao batermos com a porta na cara. Um grande aviso dizendo que por “problemas técnicos” os trens de Heathrow não estavam funcionando. Pois é... em terras civilizadas essas coisas também acontecem... Daí bateu o desespero pois se voltássemos de trem para pegarmos um metrô na cidade, a rede de metrô para casa já teria fechado. Nisto surgiu do além um motorista de táxi paquistanês já com um freguês e perguntou se queríamos rachar a viagem com o freguês. Sairia 35 libras para nós duas e outro tanto para o freguês que estava indo para não muito longe da casa de Bibinha. Fizemos as contas e achamos que seria a única solução viável...

Chegamos em casa sãs e salvas... e exaustas. Mas... mesmo assim deu para eu ver como era gostosa a casa de Bibinha. Um amor. Toda clarinha. Mais parece uma casa de bonecas Pequeninha mas muito ajeitada. A “flat mate”de Bia, a Flávia, foi ultra-simpática e queria nos agradar de qualquer maneira... mas eu estava tão mole, já com o resfriado, que só queria deitar e dormir.
Pobre Bibinha... como eu estava resfriada eu ronquei ainda mais que o usual... e ela não dormiu bem.

1 comment:

Anonymous said...

Lúcia,
Adorei as fotos inclusive algumas que não tinha visto como as de Greenwich. No Blog da Bia não consegui abrir o link das fotos de Portugal. Estão ótimas!
Bjs,
Charles