Pioras, Melhoras, Campos do Jordão e Arte!

A sexta sessão de quimioterapia foi brava, acho que por incompetência do assistente de meu oncologista. O oncologista (Buzaid, ex-aluno meu) é ótimo mas o assistente dele deixa a desejar... IMHO... Como o Buzaid não podia me atender, o assistente resolveu prosseguir com a sexta sessão, mesmo vendo que o número de plaquetas estava abaixo do requerido para tomar eu tomar a quimio, e os neutrófilos estavam, como se falava em tempos de Copa do Mundo, “batendo na trave”. Em suma, o assistente teve mão pesada. Em função disso, fiquei bastante mal após a sexta sessão, tomada em julho, e para a total recuperação de meus teores de neutrófilos e plaquetas a sétima sessão de quimio teve que ser adiada por quase 10 dias. Nos últimos dias desse intervalo fiquei ótima e deu até para ir a Campos e aproveitar um bocado!

Eis a seguir algumas das fotos tiradas naqueles dias em Campos!









Recebi então a sétima sessão com “tudo em riba”. Esta sessão foi uma das mais fáceis de tolerar. Passei os dias pós quimio quase sempre razoavelmente bem ou bem mesmo. Não sei se isso se deve ao fato do Buzaid ter diminuído um pouco a dose de um dos componentes do coquetel quimioterápico, se pelo fato do intervalo entre a sexta e a sétima aplicação ter sido mais longo (permitindo assim uma maior “limpeza”da quimio de meu organismo)ou se pelo fato de minha amiga e psiquiatra (Maria das Graças de Oliveira), ter me receitado Ritalina (para diminuir o cansaço originado pela quimio) e ter trocado o Aropax, que eu estava tomando, por Remeron (um “primo" do Aropax que tem um efeito colateral desejável para quem fica inapetente e perde peso durante a quimio: o danado abre mesmo o apetite!).

Então chegou a fase de boas notícias.

1. Renata (filha de Lígia, a minha empregada) que havia sido diagnosticada com um câncer no fígado e estômago) foi informada pelo médico que o caso tinha esperanças. Neal e eu emprestamos o dinheiro necessário para que ela fizesse a cirurgia, já que pelo famoooooooso SUS ela teria que esperar UM ANO na fila para ser operada. Eita sistema de saúde furado neste país! Bem, Renata fez a cirurgia sem ter que esperar pelo SUS e parece ter sido um sucesso!

2. Quando perguntei a meu oncologista quantos dias eu poderia tirar de férias, a partir de 20 de outubro, visto que tivemos que atrasar o tratamento por causa de minha reação entre a sexta e a sétima dose, fui informada que se eu tiver tomado 10 doses até o dia 30 setembro, poderei vajar por 30 dias! As dua últimas ou a última dse podem ser tomada sob a forma de comprimidos com quase nada ou nada de efeitos colaterais. Então, os planos para nossa viagem estão em pé!


3. Os resultados da colonoscopia de Neal mostraram que ele está ótimo!

4. Joaninha acaba de publicar um artigo sobre terapia analítico-comportamental que saiu no número dedicado a Psicoterapias, da Mete & Cérebro. Os editores da revista mexeram no texto, mas mesmo assim ao ler a gente dá o desconto nos “olhos” que aparecem no texto. O nome dela saiu na capa! Falou a voz da mãe coruja.

5. Mais uma corujice... Bia foi procurada por um head hunter para uma possível posição como “country manager” de uma firma inglesa que anda embarcando no Brasil!

São ou não são motivos suficientes para eu andar nas nuvens???

A Galeria Mali Vilas Boas vai fazer uma exposição somente com petite art e estou doida para participar! Cada artista deve expor 8 obras com no máximo 20 cm no lado maior, contando a moldura, caso exista. Já estou me preparando com uma série que deverá se chamar Homenagem a ARP: múltiplos e fragmentos. Todos serão baseados numa tela que fiz anteriormente sobre ARP e rendas.
Como lembrete eis a foto da obra à qual me refiro.


Após digitalizar a obra comecei a fazer outras obras utilizando recursos de “mixed mídia”


Aqui vão as primeiras petites arts feitas até o momento.

Nesta primeira foram usadas quase 1000 fotos as mais variadas para formar a imagem final.


Já aqui abstraimos a imagem realizada então em guache, sobre uma textura craquelada grosseira.


Na obra a seguir, usamos os mesmos recursos de guache e abstração, porém em textura de papel de alta gramatura.


Já na próxima imagem, não abstraímos a pintura em guache mas o craquelado ficou mais definido praticamentre se transformando em mosaicos. Check it!



Para compor a série, devo escolher uma entre estas tres obras anteriores; acho que a primeira com um craquelado grosseiro não só está mais de acordo com a minha proposta de multiplicação e/ou fragmentação da obra mãe, como me agrada mais. Concordam? Ajudem-me a escolher.... please...


Bem... a exibida abaixo seria a terceira obra que deve entrar na série de oito. A obra aqui se divide e se multiplica, à la Esher... Que acham?




Bem, por enquanto é só. Assim que puder mostrarei a vocês as outras candidatas a entrar nesta série.

Estou em Campos novamente e melhor aproveitar o fim de tarde... Neal já está preocupado com minha "nerdice".